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Felipe será submetido a transplante hoje

Morador de São Bernardo, 3 anos, luta contra síndrome rara no sangue desde 2015

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
03/03/2016 | 07:00
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“Me sinto como marinheira de primeira viagem, chegando na maternidade para dar à luz um anjo.” Essa é a sensação revelada pela dona de casa Ana Paula Martins, 31 anos, mãe do pequeno Felipe Martins da Silva, 3, que será submetido a transplante de medula óssea na tarde de hoje. O morador de São Bernardo aguardava desde novembro pelo procedimento, única alternativa de cura da síndrome hemofagocítica, doença rara e autoimune no sangue.

Felipe está internado desde o início de fevereiro para o preparo do organismo para o transplante. Durante este período, ele foi submetido a sessões de quimioterapia e medicações complementares. “O organismo dele está pronto para receber a tão esperada medula, coletada de um anjo que um dia disponibilizou um pouquinho do seu tempo para fazer o cadastro”, destaca Ana Paula. O doador 100% compatível é dos Estados Unidos e a medula chegará ao Brasil ainda hoje para o procedimento.

Conforme Ana Paula, terá início nova fase para a família. “Estamos bem perto da cura. O mais difícil conseguimos, com a graça do Senhor. Ele passou mal (ontem) pela manhã, dormiu e acordou melhor”, garante a mãe, que faz ainda apelo para que a população faça doação de sangue em nome do Felipe no Hospital Samaritano, na Capital (Rua Conselheiro Brotero, 1.486, bairro Higienópolis). “Estamos precisando e vamos precisar mais ainda de sangue e plaquetas. Todo tipo sanguíneo é muito bem-vindo.”

O Diário acompanha a batalha travada por Felipe e pela família contra a doença e também pela garantia de direitos. Após o conhecimento da patologia do filho, Ana Paula iniciou série de campanhas para ampliar a quantidade de pessoas cadastradas no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), no entanto, a ação enfrentou dificuldades burocráticas. Mensalmente, o hemocentro que atende a Região Metropolitana só pode cadastrar 1.100 pessoas.

A chance de paciente que depende de transplante de medula óssea encontrar doador compatível é de, em média, uma a cada 100 mil. Por isso, o cadastro de possíveis doadores se coloca como esperança na luta contra o tempo travada pelas famílias.

Quem quiser se cadastrar, basta se dirigir à Santa Casa de Misericórdia na Rua Marquês de Itu, 579, na Vila Buarque, na Capital. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 15h, e o telefone é (11) 2176-7258.




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