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Montenegro lança filme no YouTube

‘O Perfume da Memória’ é o terceiro longa de Oswaldo, que comemora 40 anos de carreira

Vanessa Soares Oliveira
03/03/2016 | 07:00
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Divulgação


 Um em vários. Vários em apenas um. Oswaldo Montenegro é um artista que pode ser mesmo definido assim. E em comemoração aos 60 anos de vida e 40 de carreira, ele lança hoje seu terceiro longa-metragem: O Perfume da Memória. O filme será disponibilizado hoje na íntegra no canal do YouTube (oswaldomontenegro), às 18h, em primeira mão e totalmente gratuito.

Consagrado como músico, a paixão pela sétima arte veio ainda na adolescência. “Quando cheguei em Brasília, aos 15 anos, a família Prista Tavares me adotou culturalmente e me levou para maratona de filmes, concertos, balés e peças pela cidade. Fiquei absolutamente encantado pelo mundo da arte”, conta. Mas o cinema sempre chamou a atenção de Montenegro. “Ali todas as artes que estava assistindo se uniam. É claro que prioritariamente sou um músico e essa vai ser sempre minha grande ocupação na vida. Mas a ideia e a possibilidade de misturar as artes pertencem aos filmes e é por isso que estou de cabeça nisso”, diz Montenegro.

O Perfume da Memória conta a história de amor entre Ana e Laura e aborda o conflito entre a razão e o desejo, partindo da premissa de que toda escolha é uma renúncia e o preço mais caro é ser obrigado a escolher. Mesmo se tratando do amor entre duas mulheres, o longa não impõe bandeiras. “Poderia ser entre um homem e uma mulher, por exemplo. Na verdade, isso pouco importa. Não entra na minha cabeça isso ainda ser uma discussão. Qualquer amor é válido e pronto. Mas acabou sendo muito interessante abordar um universo inteiramente feminino, porque o enredo e o ambiente ganham mais delicadeza”, explica.

A inspiração para escrever os enredos dos filmes Montenegro tira do dia a dia. “É uma mistura do que acontece com o que invento, embora a invenção seja uma ilusão. Só podemos criar com o que está na nossa memória. Mesmo que de forma inconsciente, cruzamos informações e sentimentos do passado, o que resulta numa coisa aparentemente nova, que temos a falsa impressão de termos inventado”, conclui.




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