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Ficção da vida real

Inspirado em experiências pessoais, ‘Meu
Amigo Hindu’ chega hoje aos cinemas de SP

Vanessa Soares
03/03/2016 | 07:00
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Divulgação


 Receber uma sentença de morte tira qualquer um do eixo. Enquanto se está doente há esperança de vida, mas ouvir do médico que os dias estão contados, sem sombra de dúvidas, não é das notícias mais fáceis de se digerir. Diante de situação semelhante, alguns reagem positivamente, outros, mergulham no mais profundo e obscuro poço de melancolia e revolta. É neste cenário que se desenvolve Meu Amigo Hindu, de Hector Babenco, que chega hoje aos cinemas com cópias somente nas salas de São Paulo.

O longa foi inspirado em uma experiência pessoal do diretor e o viés autobiográfico fica escancarado na trama, apesar de Babenco garantir que não se trata disso. Logo no início o telespectador é avisado: “O que você vai ver é história que aconteceu comigo e conto da melhor maneira que sei”. Meu Amigo Hindu pode decepcionar pela forma como a história é contada. E, apesar do título sugerir linda relação de amizade, o amigo hindu (Rio Adlakha) tem pouco destaque no desenrolar da trama. O breve convívio entre os dois personagens, no entanto, é um divisor de águas na vida de Diego, protagonista do filme vivido pelo ator norte-americano Willem Dafoe (Anticristo e Homem-Aranha).

Diego é um diretor de cinema que, ao saber que sofre de doença que pode ser fatal, casa-se com a mulher com quem vive junto há muitos anos, despede-se de seus amigos e entra numa rotina de longas jornadas em um hospital. Lidando com a dor e conversando com a morte (Selton Mello), conhece um menino hindu que se torna seu mais novo amigo. Um dia ele não aparece mais. Diego recebe alta, seu casamento acaba e, solitário, chega a se questionar se ele não estaria morrendo e ninguém lhe diz nada, até que conhece uma nova mulher.

Com exceção de Dafoe, o elenco é brasileiro e conta com nomes como Maria Fernanda Candido, Barbara Paz (que já foi casada com o diretor, além de pequenas participações de Guilherme Weber, Reynaldo Gianecchini e Maitê Proença, que poderiam facilmente ser substituídos por figurantes. O longa foi gravado em inglês. De forma inédita, todos os atores fizeram a dublagem de si mesmos. O ator Marco Ricca empresta a voz para Diego, uma vez que Daffoe não fala português, o que não deve prejudicar a ideia de internacionalização do filme brasileiro feito para gringo ver.




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