Com vacinas em falta desde novembro do ano passado devido ao desabastecimento por parte do Ministério da Saúde, a normalização das doses nos postos de saúde do Grande ABC irá ocorrer até dia 15 de março, garante a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

Na região, como o Diário já havia anunciado no último dia 10, as principais vacinas em falta são contra Hepatite A, Hepatite B, Dupla Adulto (difteria e tétano), Tetra Viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e DTP (difteria, tétano e coqueluche). Em algum casos, os estoques já estão zerados, e as Prefeituras estão sendo obrigadas a substituir algumas doses e priorizar públicos-alvos.

O atraso, segundo o Ministério da Saúde, responsável pela aquisição das doses, teria sido a indisponibilidade de algumas vacinas em níveis nacional e internacional. Por meio de nota, a Pasta informou que “algumas das vacinas que estavam indisponíveis no mercado já estão com a distribuição regularizada no SUS (Sistema Único de Saúde)”.

Em relação às vacinas de Hepatite B e Dupla Adulto – que estavam em falta em quatro e três cidades da região, respectivamente –, o Ministério afirmou que foram autorizados ainda neste mês o envio de 470,9 mil doses de Hepatite B e 400 mil doses de Dupla Adulto ao Estado de São Paulo.

A Secretaria de Saúde, que faz o repasse aos municípios, confirmou, por meio de nota, o recebimento das vacinas somente nesta segunda-feira, “portanto, com atraso”. As doses contra a Dupla Adulto, por exemplo, deveriam ter sido entregue no mês passado. Segundo a Secretaria, a demora no repasse “atrapalhou todo o processo de logística e distribuição para os municípios paulistas, e a expectativa é que as vacinas estejam disponíveis na rede pública de saúde do Grande ABC até a segunda quinzena de março”.

Imunização – É importante ressaltar que quem já conseguiu tomar alguma dose pode continuar de onde parou e não precisa, por exemplo, tomar a primeira dose novamente por causa do atraso. A demora na continuidade da imunização não faz perder o efeito das vacinas anteriores.

Estoques já estão zerados na região

De acordo com último levantamento feito pelo Diário no dia 10 deste mês, Mauá já tinha estoque zerado de Hepatite A (adulto e pediátrica), DTP e Tetra Viral. Em Diadema, não havia mais vacinas contra Hepatite B. A administração diademense afirmou que nos meses de novembro e dezembro de 2015 houve entrega mínima das doses e em janeiro o município não recebeu o repasse da vacina.

Santo André, que está com desabastecimento das doses contra Hepatite B e Dupla Adulto, disse que desde dezembro também não recebe as imunizações. E está priorizando grupos de risco, como recém-nascidos, gestantes, pacientes renais crônicos e profissionais de saúde.

Apesar de confirmarem que estão com doses reduzidas, São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, afirmaram que não havia falta de vacinas para a população das cidades, já que está havendo remanejamento da quantidade de doses nos postos de saúde e priorização de públicos-alvos.

São Bernardo não respondeu à solicitação da reportagem.