Balanço divulgado ontem pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC aponta que a região registrou nove casos de dengue autóctones (contraídos no próprio município) entre janeiro até 11 de fevereiro, sendo um em Diadema, um em Mauá, quatro em Santo André e três em São Caetano.

Já os casos suspeitos de dengue tiveram alta de 9,4 % em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram contabilizadas 1.391 ocorrências neste ano, ante 1.271 em 2015. Houve 7.403 casos autóctones entre janeiro e dezembro do ano passado, aumento de 558% quando comparado a 2014 – sete pessoas morreram no período.

O coordenador do GT (Grupo de Trabalho) de Saúde da entidade e secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno (PT), declarou que, “com certeza”, há casos subnotificados, devido à espera de confirmação de diagnósticos, o que não tem sido possível pela ausência dos kits necessários para fazer o teste. A situação, no entanto, está para ser revertida já que, segundo Homero, o Instituto Adolfo Lutz (responsável pela realização dos exames em todo o Estado) enviou comunicado às secretarias de Saúde informando que os kits já foram enviados pelo Ministério da Saúde e que a regularização se daria ainda em fevereiro.

“Esperamos que nesta semana seja feita a distribuição para os laboratórios regionais”, falou Homero, acrescentando: “Quando soltar os exames, vai ter pico, porque todas as sorologias paradas serão confirmadas e teremos o número real do que está acontecendo”.

Santo André investiga o óbito de um caminhoneiro de 57 anos que faleceu na semana passada no PA (Pronto Atendimento) da Vila Luzita com suspeita de dengue. O laudo sairá em dez dias.

OUTRAS DOENÇAS

Dados coletados pelas cidades da região apontam dez casos suspeitos de zika vírus em investigação, sendo oito em São Bernardo, um em Santo André e um em Mauá.

Já a febre chikungunya contabiliza 40 suspeitas, 25 em São Bernardo, oito em Mauá, seis em Santo André e uma em São Caetano.