O papel das pequenas e médias empresas é avaliado como decisivo para a regiao, na opiniao de Carlos Paim, coordenador da Agência de Desenvolvimento. O exemplo da economia italiana é recorrente nas avaliaçoes. "As pequenas e médias respondem por mais da metade das exportaçoes da Itália", disse. Para quebrar o gelo desses empresários, a agência conta com parcerias do Banco do Brasil, Sebrae, Apex (Agência de Promoçao às Exportaçoes) e Câmara do Mercosul, entidades com diversos programas para quem pretende ingressar no mercado externo.
A Apex enviará o assessor Maurício Borges como um dos palestrantes. "Queremos apresentar as atividades da Apex ao Grande ABC, em especial as possibilidades oferecidas pelos consórcios de exportaçao e os esforços de marketing", disse.
Uma das principais ferramentas da Apex é seu apoio à constituiçao de consórcios exportadores. Sao empresas da mesma cadeia produtiva, ou segmento, que se unem com o objetivo de ratear custos para participaçao em feiras e eventos internacionais, além de coordenar a produçao para atender a pedidos em prazos rígidos.
Além da consultoria, a Apex pode bancar parte do custo de formaçao dos consórcios, além da contrataçao de um gerente. O consórcio é um instrumento muito prático para abrir caminhos no exterior", define Borges.
O PSI (Programa Setorial Integrado) é outro trunfo da Apex. Nesse programa, as empresas do mesmo setor se unem para bancar projetos de exportaçao. Caso aprovado, a Apex pode arcar com até 50% dos custos. "Regioes como o Grande ABC também podem participar de um programa desses", afirmou Borges.
O medo dos pequenos e micros é apontado como o principal entrave para que essas empresas sigam o caminho do mercado externo. "O micro e o pequeno empresário vivem ultra-atarefados e nao têm tempo para buscar informaçoes sobre comércio exterior", avaliou Gláucia Maria Pettien, consultora de Comércio Exterior do Sebrae e uma das convidadas do workshop. Para ela, essa falta de informaçao pode ser revertida com o apoio de entidades como a Apex, Sebrae, Câmara do Mercosul e Banco do Brasil.
Além da consultoria, o Sebrae mantém uma importante ferramenta de apoio aos pequenos e micros. Trata-se do convênio com o IPT (Instituto de Pesquisa e Tecnologia) para adequar a produçao aos padroes internacionais. "Essa é uma questao fundamental para quem vai exportar, já que cada país possui uma legislaçao específica para os produtos e, muitas vezes, essa adequaçao pode tornar a operaçao internacional inviável."
Na opiniao da consultora do Sebrae, esse tipo de procedimento também serve para reforçar a posiçao da empresa no mercado interno. "Todo produto para exportaçao acaba ganhando mercado no Brasil também", acredita.
O Banco do Brasil é outra entidade empenhada no esforço exportador das pequenas e médias. O banco abriu em Rudge Ramos, em Sao Bernardo, uma agência dedicada exclusivamente às atividades de comércio exterior, com opçoes de consultoria e pesquisa de mercados. "A falta de financiamento é ainda uma das maiores queixas das pequenas e médias, mas o governo federal já vem tomando medidas para novas linhas de crédito", disse Borges, da Apex.
A diretora da Apex, Dorothéa Werneck, participaria do workshop, mas cancelou sua presença por causa de uma reuniao ministerial agendada para o mesmo dia.
Dinamizaçao das Exportaçoes na Micro, Pequena e Média Empresa - dia 16, a partir das 14h, na UniABC, avenida Industrial, 3.330, Santo André. Inscriçoes gratuitas pelo telefone da agência: 4992-7352.
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