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Pagamento do 13º injetará R$ 118 bi na economia
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
02/11/2011 | 07:23
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O pagamento do 13º salário aos trabalhadores formais deve injetar cerca de R$ 118 bilhões na economia do País, até dezembro, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Este montante representa cerca de 2,9% do Produto Interno Bruto do País.

Cerca de 78 milhões de brasileiros serão beneficiados – 5,4% acima de 2010, quando o Dieese estimou R$ 102 bilhões. “Isso é sinônimo de que mais pessoas estão empregadas com carteira assinada e melhora na renda média familiar, principalmente”, explica o economista responsável pela pesquisa, Ilmar Ferreira.

Do total, 29,7 milhões, ou 38,1%, são aposentados ou pensionistas da Previdência Social. Os empregados formais (48,3 milhões de pessoas) correspondem a 61,9% do bolo.

SEGMENTOS - O setor de serviços (incluindo administração pública) é o responsável pela maior fatia do total pago até dezembro: os trabalhadores do segmento correspondem a 60%. Os empregados da indústria ficarão com 21%; os comerciários terão 12,5%; aqueles que trabalham na construção civil receberão o correspondente a 4,8%; os restantes 2% serão destinados aos trabalhadores da agropecuária brasileira.

Em termos médios, o valor do 13º salário pago ao setor formal corresponde a R$ 1.783. A maior média deve ser paga aos trabalhadores do setor de serviços, correspondente a R$ 2.046; o setor industrial aparece com o segundo valor, equivalente a R$ 1.912; e o menor 13º foi verificado entre os trabalhadores do setor primário da economia.

Segundo Ferreira, o benefício é fundamental para girar a economia brasileira. “Com esse extra no fim do ano, os trabalhadores conseguem realizar suas compras de Natal, pagar as dívidas, guardar um pouco para os tradicionais impostos do ano seguinte. Mas, sem sombras de dúvida, o comércio é o setor que mais lucra com esse montante em circulação, ainda mais nesta época do ano”, conta.

REGIÃO - Refletindo a maior capacidade econômica do Sudeste, a parcela mais expressiva (51,3%) deve ficar nos Estados dessa região, onde se concentra também a maior parte dos trabalhadores, aposentados e pensionistas; outros 15,4% do montante a ser pago devem ficar no Sul do País, enquanto ao Nordeste serão destinados 15,19% (14,9% estimados em 2010).

Para as regiões Centro-Oeste e Norte serão destinados, respectivamente, 8,6% e 4,6%. Os beneficiários do regime próprio da União respondem por 5,2% do montante e podem viver em qualquer região.

DESTAQUE - A economia paulista deverá receber, a título de 13° salário, cerca de R$ 35,9 bilhões, aproximadamente 30,4% do total do Brasil e 59,3% da região Sudeste. Esse montante representa em torno de 2,7% do PIB estadual.




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