A gerente comercial da TAM em São Bernardo, Patrícia dos Santos Silva, 30 anos, também morreu no acidente, que aconteceu por volta das 9h30. Eles haviam deixado a fazenda do empresário, a 25 quilômetros de Ponta Porã, quando, segundo testemunhas, o aparelho perdeu altura, bateu de barriga num coqueiro e caiu de bico no chão.

De acordo com Virgílio Puchetta, proprietário de uma chácara na localidade de Fortuna Guassu, a hélice parou de girar quando estava a uma altura de cerca de 200 metros. Uma das hipóteses para o acidente seria uma possível falta de combustível, conhecida como pane seca.

Comandante Rolim e Patrícia sofreram traumatismo craniano, graves ferimentos no abdômen e tiveram morte instantânea. Os corpos foram levados para o necrotério de Pedro Juan Caballero e familiares de Rolim viajaram para a cidade para liberá-los.

O corpo do empresário foi traslado por um avião da TAM ao Aeroporto de Congonhas, onde vai ser velado no Pavilhão Oficial, das 2h da madrugada às 14h desta segunda-feira. O enterro está marcado para as 15h de segunda, no cemitério de Congonhas. O corpo da funcionária também está em São Paulo, mas, até as 20h, não havia informações sobre o local do velório e enterro.

Assessoria de imprensa da TAM informou que as causas do acidente ainda são desconhecidas e, em nota, lamentou a morte do presidente (leia íntegra abaixo).

Ainda segundo os assessores, Rolim estava indo para o Hotel Granada Park, em Assunção, onde se encontraria com o presidente da TAM no Mercado Comum do Sul (Mercosul), Miguel Cândia.

Rolim Adolfo Amaro, que completaria 59 anos em setembro, deixa sua esposa, três filhos e uma neta.

Histórico - Nascido em Pereira Barreto, no interior de São Paulo, em 15 de setembro de 1942, Rolim Amaro adquiriu o controle acionário da TAM em 1972, a partir da Táxi Aéreo Marília, onde trabalhou como piloto. Foi sócio da Vasp durante anos e deixou sua participação naquela empresa há três anos. Atualmente, a TAM detém 25% do mercado de vôos.

Em junho de 1997, Rolim recebeu pela terceira vez o Prêmio Maiores e Melhores, da revista Exame, na categoria de melhor empresa do ano. A revista Aero Magazine premiou o empresário como personalidade do ano e a TAM como empresa aérea do ano de 2000.

Em 1996, a TAM viveu o pior momento de sua história, com a queda de um Fokker 100 nas proximidades do Aeroporto de Congonhas, que causou a morte de 99 pessoas. Em 1997, um novo susto abalou a empresa. Uma explosão durante um vôo causou a morte de um passageiro. Um professor de matemática é acusado de ter levado uma bomba para o avião.