FHC afirmou que o fato de receber ou não o apoio de governadores não pesa na liberação de recursos para os Estados. “Nada pior do que o ressentimento, a mágoa, o desprezo, a atitude mesquinha. Não quero nem saber”, disse. Aproveitou para fazer um apelo à unidade da base governista. “Não se pode concentrar as decisões. Tem que ter uma coisa de interpretação. É ilusão pensar que decisões só podem ser concentradas em um só ponto. Hoje, ou existe uma articulação ou nada funciona. Dirigente que não dá atenção ao dirigente local é um mau dirigente. Vamos continuar trabalhando juntos pelo Brasil”.
O presidente ainda dirigiu ataques ao provável candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que ele não tem projeto de governo e desconhece, por preguiça em se informar, o trabalho que está sendo feito por seu governo.
“Os mais incautos nem percebem que há um processo de desenvolvimento nacional. Os mais cuidadosos, que tiverem o trabalho de ler a documentação do Avança Brasil, vão saber que temos um programa de infra-estrutura, um plano de desenvolvimento. Já vi gente que aspira chegar à Presidência da República e diz que não temos um projeto de desenvolvimento, transformam a preguiça deles em culpa nacional. Não vão lá para ver nada e pensam que não acontece nada. Não pode”, afirmou.
A viagem do presidente a Minas é encarada como uma estratégia do governo federal para tentar desviar as atenções da inauguração da nova sede do PMDB em Belo Horizonte, que também acontecerá nesta segunda-feira. O evento vai reunir as principais lideranças do partido e nele deverá ser anunciada a pré-candidatura de Itamar à presidência do PMDB.
O vice-presidente peemedebista em Minas, Aloísio Vasconcelos, afirmou que o governo federal quer dividir as atenções da mídia. “A inauguração da sede do PMDB já estava marcada há dois meses, todos sabiam que seria hoje, 9 de julho”, disse.
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