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Um falastrão chamado Deadpool

Anti-herói da Marvel abusa de palavrões
e muita agressividade para alegrar os fãs

Luís Felipe Soares
12/02/2016 | 07:00
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Divulgação


 Um personagem que pouca gente ouviu falar está pronto para mostrar como fazer chimichangas de maneira bem hardcore Entre sua paixão pelo prato mexicano, Deadpool encontra tempo para se apresentar ao público em geral (lembrando que já é querido pelos leitores de quadrinhos) em filme solo recheado de ação, palavrões, xingamentos e muitas piadas – tudo o que faz o anti-herói ter sucesso nos gibis.

Trata-se de um projeto que circula há anos por Hollywood, mas que nunca tinha ido para frente. O ator Ryan Reynolds (Apenas Amigos) teve de convencer os produtores da Fox de que o filme era viável. Um teste visual jogado na internet em 2014 repercutiu de maneira muito positiva entre os fãs e foi o estopim para o longa-metragem, em cartaz em várias salas da região.

Quem está acostumado ao tom politicamente correto de outros heróis, casos de Superman e Capitão América, deve ir preparado para passar pouco mais de duas horas diante de algo bem mais pesado. O mercenário Wade Wilson (papel de Reynolds) descobre ter vários tipos de câncer e conta os dias para a morte. No desespero, ele topa participar de um bizarro experimento que pode curá-lo ao mesmo tempo que lhe passará células mutantes, as mesmas que dão poderes aos X-Men. As deformidades estéticas que aparecem no corpo o deixam irado, mas não mais do que quando descobre que sua namorada foi raptada.

Deadpool é um filme todo desenrolado em cima da história amorosa entre Wilson e Vanessa (a brasileira Morena Baccarin), movida a muito sexo, conversas surreais e cumplicidade. A graça de tudo é ver a vingança do assassino, que não para de falar um minuto sequer e aproveita para bater um papo com os espectadores a todo o momento. A quebra da chamada ‘quarta parede’ talvez seja uma de suas principais características, uma vez que ele tem completa noção de que é um ser fictício.

O personagem em si é a novidade, com o resultado do filme ficando em segundo plano. A ousadia do longa poderia ser maior, mas entrega o que é esperado pelo público, com elementos capazes de o deixar entre as produções baseadas em HQs mais legais da história, porém não entre as melhores. Sagacidade de primeira para diversão adolescente.




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