Política Titulo Editorial
Pesadelo sem fim
Do Diário do Grande ABC
09/02/2016 | 12:35
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Arte/DGABC


Sai ano, entra ano e os brasileiros chegam à conclusão que o salário – para os que ainda têm emprego, é claro – não é suficiente para pagar as contas do mês. Consequência: dívidas. Essa é a constatação de boa parte dos cerca de 206 milhões de habitantes do País. Pesquisa socioeconômica do Inpes/USCS (Universidade Municipal de São Caetano) indica que uma a cada quatro famílias do Grande ABC está endividada. Ou seja, 25,3%. Vale lembrar que vivem nas sete cidades cerca de 2,7 milhões de pessoas.

E o que chama atenção é a curva crescente nos números de 2015 em relação ao ano anterior. A quantidade de famílias sem condições de pagar em dia suas obrigações aumentou de 21% para 25,3%, dados diretamente atrelados à interrupção do ciclo de crescimento do País e ao desemprego, que alcança índices alarmantes a cada levantamento. 

Em 18 tópicos abordados pela instituição, como cartão de crédito, cheque especial e conta de energia elétrica, por exemplo, houve crescimento da inadimplência em 12. Para se ter uma ideia, em 2014, 12% das famílias tinham débito no plástico, porcentagem que subiu para 15,8% no ano passado. O saldo negativo em cheque especial atingia 3,1% das casas, menos da metade dos 6,8% apurados de 2015. O empréstimo pessoal em banco ou financeira respondia por 5,1%, frente aos 6,5% da última aferição.

Para complicar, coordenador do instituto diz que números já assustadores devem piorar neste ano. E o que resta aos brasileiros, então? Cobrar de seus representantes, em todas as esferas do governo, providências urgentes para a retomada da economia e a queda no desemprego.

Em momento com tantas denúncias de corrupção e trocas de acusações por parte de situação e oposição em Brasília, é fundamental que os políticos deixem as picuinhas de lado e pensem exclusivamente no principal prejudicado pela inércia governamental: o povo. Só assim para o pesadelo chegar ao fim.




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