As últimas bolsas serão entregues no ano que vem. Toda a atividade da Vitae, que nunca se valeu das leis de incentivo, será suspensa na América Latina em um prazo de 4 anos, incluindo seu apoio ao patrimônio cultural e artístico. Segundo Gina Machado, gerente de projetos e da área de Cultura da Vitae, a interrupção decorre de “restrições orçamentárias” ou “enxugamento dos ativos da fundação com a crise no mercado internacional”.
Entre outros, a Vitae ajudou a desenvolver projetos artistas como o de Paulo Lins, autor de Cidade de Deus, quando este era ainda desconhecido. Ajudou na publicação do primeiro livro de Milton Hatoum, autor de Relato de um Certo Oriente. Em 1996, impulsionou o teatro de Sérgio de Carvalho. Apostou na arte experimental e na música nova, como o som do grupo Tétine. Apoiou trabalhos de Nuno Ramos, Carlos Reichenbach, Rosângela Rennó, Tata Amaral, Walter Hugo Khouri e Pedro Martinelli, entre outros.
A penúltima bolsa de artes é a deste ano, que contempla as áreas de artes visuais (pintura, escultura, desenho, gravura e multimídia), fotografia, cinema e vídeo (realização de roteiros para filmes de longa-metragem, pesquisas no campo da animação e computação gráfica e pesquisa de linguagem na realização de vídeos e audiovisuais). As inscrições estarão abertas de segunda-feira a 27 de agosto. O prazo dessas bolsas vai de 6 a 12 meses, com subsídio mensal de R$ 3,5 mil (informações pela internet, www.vitae.org.br).
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