A Mercedes-Benz, em São Bernardo, vai colocar em licença remunerada 1.500 trabalhadores a partir do dia 17. Isso significa que 21,7% dos 7.000 que atuam no chão de fábrica ficarão em casa e recebendo o salário da mesma forma que os empregados que seguirão na ativa e estão no PPE (Programa de Proteção ao Emprego) – com redução de 10% nos salários e de 20% na jornada mensal.

A licença será concedida, em primeiro momento, até maio, quando será reavaliada. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em janeiro a produção reduziu bruscamente em relação ao mesmo período em 2015. A de caminhões caiu 42,9% e passou de 1.300 para 742 e, a ônibus, 44,4%, de 900 para 500. Conforme dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a comercialização de caminhões novos recuou 32,9% de 1.803 para 1,209 em 12 meses e, a de ônibus, 36,9%, de 1.093 para 689. “Diante desse cenário, a fábrica da Mercedes-Benz de São Bernardo tem utilizado apenas metade da força de trabalho, o que a mantém em situação difícil mesmo com o uso do PPE”, diz a montadora que, hoje, possui excedente de 2.000 funcionários na região.