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Espírito guerreiro
move Santo André

Pequeno em nível nacional, time espera se agigantar às 15h
de hoje para medir forças com o Goiás, na Copa do Brasil

Derek Bittencourt
do Diário do Grande ABC
01/05/2013 | 07:12
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O Santo André tem pela frente hoje o primeiro desafio pela segunda fase da Copa do Brasil. A partir das 15h, espera receber bom público neste feriado do Dia do Trabalho para enfrentar o Goiás, no Estádio Bruno Daniel, com transmissão ao vivo da Fox Sports. E com duas semanas apenas para treinar desde a classificação na etapa inicial diante do Veranópolis-RS, o Ramalhão tenta se apoiar na força de vontade demonstrada diante dos gaúchos, que fora fundamental para alcançar a vaga.

"Será uma partida mais jogada do que contra o Veranópolis, mas o Santo André não pode perder seu espírito. Os pequenos somos nós, mas com a bola nos pés temos de ser grandes. Vamos com o objetivo de não levar gol e buscar a vitória, nem que seja por 1 a 0, fazendo com que no próximo confronto a gente tenha o resultado na mão e jogue com o regulamento. Por isso é necessário o mínimo de erro possível", disse o meia Élvis.

E quando se fala em Copa do Brasil no Santo André lembra-se da conquista de 2004. Coincidentemente, na segunda fase daquele ano o Ramalhão teve pela frente time considerado grande, o Atlético-MG, e o primeiro jogo foi no Bruno Daniel. A surpreendente vitória por 3 a 0 levou o duelo praticamente definido ao Mineirão e, mesmo a derrota por 2 a 0, classificou o time.

"Sempre serve como exemplo. Motiva estar em um clube que fez história na Copa do Brasil. Claro que influencia (conquista), serve de referência a mim e aos atletas, mas dentro de campo são eles quem resolvem", destacou o técnico Dedimar, capitão do título, que destacou as dificuldades do torneio. "É uma competição que tem suas peculiaridades e cada jogo tem uma história a contar. O espírito é diferente, tem estilo de Libertadores e os jogadores precisam entender e acima de tudo estar preparados mental, espírita, física e taticamente", completou.

Sobre o adversário, o treinador exigiu cuidados. "Estava há 49 jogos sem perder em casa e isso não é para qualquer time. O saldo de gols é superpositivo e tem sofrido poucos. Então algo de especial tem. Precisamos estar preparados para isso. Teremso equipe superentrosada pela frente, com a confiança lá em cima, assim como o nível de qualidade."

GOIÁS

Após empate com o Itumbiara e derrota em casa para o Aparecidense - que pôs fim à série invicta de 49 jogos no Serra Dourada - o Goiás prega respeito ao adversário. "Tudo é possível. A Copa do Brasil te permite isso. Nos últimos anos, até equipes de menor nível técnico, de menor tradição que o Goiás chegaram às decisões, e a gente sabe que tudo isso é possível. O Santo André tem jogadores rodados, experientes, com passagens por grandes clubes. Isso vai dificultar bastante a partida, mas vai melhorar a qualidade do jogo", destacou o experiente meia Hugo.

"Muita gente dizia que seria fácil vencer o Oratório-AP, mas não foi. Tivemos de jogar muito bem para conquistar aquela vitória. Contra o Santo André vai ser muito difícil também. Não podemos pensar em classificação, primeiro temos de jogar bem e tentar trazer bom resultado para Goiânia", emendou o atacante Walter.

 

Dedimar tem pelo menos cinco dúvidas

 

O time do Santo André que vai a campo hoje à tarde, na primeira partida diante do Goiás, é uma incógnita. Bem que Dedimar gostaria de ter definido a escalação no treino de ontem pela manhã - no qual foi disputado descontraído rachão -, mas foi justamente a atividade que trouxe dor de cabeça ao treinador. Isso porque o goleiro Adilson e o volante Ramalho deixaram os trabalhos mais cedo por conta de dores musculares, mesmo problema que na segunda-feira abateu o lateral-direito Nequinha e o atacante Dedé. Assim, agora ele tem essas dúvidas para definir a equipe.

"Temos de esperar a resposta até amanhã (hoje) para confirmar o time titular. Vejo jogadores no elenco preparados para substituí-los e acredito na resposta do grupo. Quem entrar vai dar conta", destacou Dedimar, que, se não puder contar com o quarteto, tem à disposição o goleiro Rodrigo Viana, o lateral Léo Carvalho, o meia Élvis e o atacante Gustavo. Já na meia defensiva, por escolha técnica, a disputa fica entre Elielton (autor do segundo gol sobre o Veranópolis) e Fubá.

Ontem, o treinador participou do rachão. Em determinado momento, dominou uma bola na esquerda e soltou a bomba: cheia de efeito, a bola explodiu no travessão. "Rachão serve para descontrair. Pelo menos para os jogadores, porque na véspera da partida fico absolutamente compenetrado no que fazer. Faz parte da vida de técnico e estou descobrindo isso aos poucos. Mas confio na força domeu grupo, que vem crescendo aos poucos", comentou.

 




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