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Alckmin é questionado sobre pedágios e ignora
09/10/2010 | 07:12
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Mesmo depois de eleito pela segunda vez, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) não escapou das críticas a dois pontos nevrálgicos questionados pelos adversários na campanha eleitoral. Em visita a Ribeirão Preto, no fim da tarde de ontem, Alckmin foi questionado, por um motorista e por uma professora, se iria rever os valores dos pedágios nas estradas paulistas e se iria melhorar a qualidade de ensino e dar aumento aos educadores.

Logo após atender os jornalistas, Alckmin foi abordado pelo motorista Donizeti Figueiredo, de Presidente Prudente, que o indagou: "A gente não aguenta mais pedágio. O que o senhor vai fazer sobre isso e sobre a Educação que está péssima?", disse Figueiredo, cuja filha é professora da rede pública. "Nós vamos trabalhar muito", respondeu o governador eleito.

Em seguida, entre cumprimentos de apoiadores e curiosos, foi a vez da professora Maria Guilhermina Batista dos Santos pedir a Alckmin melhoria nos salários e dizer que o PSDB "sucateou" a Educação. Ignorada por Alckmin, a professora foi vaiada. Um dos presentes gritou para que ela mudasse de profissão, mas não a encarou e preferiu deixar o local. "Eu sou honesta", disse Maria Guilhermina.

Antes dos protestos, Alckmin evitou falar que iria rever contratos e valores dos pedágios paulistas. "Nós temos 18 contratos, 12 mais antigos, de 1998, e seis de 2008; vamos analisar o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos, que podem ser favoráveis ao governo ou não", explicou.

Sobre Educação, o governador eleito disse que iria fazer avaliações a cada três séries para os alunos da rede pública.

Em campanha para tentar eleger o ex-governador José Serra (PSDB) presidente da República, Alckmin parece ter adotado o estilo do correligionário e chegou a Ribeirão Preto com três horas de atraso.

Em uma hora, tomou café na tradicional cafeteria Unica, e cumprimentou apoiadores e transeuntes, entre eles o cantor e compositor Guilherme Arantes. Alckmin retomou o discurso de que "segundo turno é outra eleição, onde o tempo de televisão é maior", e apostou que Serra "vai crescer na televisão" pois tem mais que o dobro do tempo que tinha no primeiro turno. Disse ainda que não tinha visto o primeiro programa do horário eleitoral gratuito, mas que um amigo que viu tinha elogiado o desempenho de Serra. "Um amigo que viu disse que o PT não estava preparado para o segundo turno, que o programa Serra foi muito bom e que o do PT foi improvisado", afirmou.




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