Termina nesta quarta-feira o prazo de contestação da licitação do trecho Sul do Rodoanel Mário Covas. A lista com os cinco consórcios de empreiteiras vencedores foi publicada no último dia 18 no Diário Oficial. Até terça-feira à noite, de acordo com a assessoria da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário), não havia registro de qualquer reclamação que pudesse impedir o andamento do processo. O prazo de contestações termina nesta quarta-feira. Caso isso ocorra, serão necessários mais cinco dias para aguardar a contra-argumentação. Esse trâmite colocaria em risco a assinatura do contrato, na sexta-feira, conforme esperam os técnicos da Dersa. Se perder esse prazo, a estatal pode ficar impedida de iniciar as obras ainda neste ano. A LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) determina que governos em último ano de gestão devem fechar contratos no máximo até abril.

Técnicos da Dersa revelam que estão na expectativa de promover a assinatura dos contratos até sexta-feira. Mesmo encerrada a licitação, a estatal continuará sem prazo definido para começar as obras. A empreendedora do Rodoanel, que antes precisava da licença ambiental prévia, emitida pelo Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente), para promover a licitação, agora necessita da licença de operação – concedida pelos mesmos órgãos ambiental – antes que a obra comece de fato. Assinados os contratos, entretanto, acaba a pressa, porque estarão garantidas as pré-condições legais para que o empreendimento avance.

Dezessete consórcios de empreiteiras disputaram a concorrência do trecho Sul, dividido em cinco lotes. Foram confirmadas os cinco que venceram no critério preço. Estimada em R$ 2,65 bilhões, a obra saiu por R$ 2,58 bilhões (desconto de 2,7%). Pelo menos no papel. A única alteração entre a sessão de abertura das propostas e a confirmação das ganhadoras foi o incremento de R$ 267.840 ou 0,04% no contrato do Consórcio Queiroz Galvão/CR Almeida – primeiro colocado no lote 3, que prevê o cruzamento da Imigrantes e da represa Billings. A proposta inicial era de R$ 561.894.270,55.

O consórcio Andrade Gutierrez/Galvão ficou com o lote 1, entre a Avenida Papa João XXIII, em Mauá,  e o Parque do Pedroso, em Santo André, com proposta de R$ 492,8 milhões. O consórcio Norberto Odebrecht/Constran ficou com o lote 2, entre o Parque do Pedroso, Anchieta e Imigrantes (R$ 515,3 milhões). O lote 4, ligando a Billings à Guarapiranga foi conquistado pela Camargo Corrêa/ Serveng (R$ 505,1 milhões). O consórcio OAS/ Mendes poderá fazer o lote 5, entre a Guarapiranga e o trecho Oeste do Rodoanel (R$ 511,7 milhões).