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Lennartz, de Diadema, fecha parceria com gigante dos EUA
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
04/05/2005 | 13:36
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Explorar melhor o potencial do mercado brasileiro no segmento, por meio de acordo com uma indústria que produz itens complementares ao da empresa. Com esse objetivo, a fabricante alemã de serras circulares Wagner Lennartz, cuja sede no Brasil fica em Diadema, firmou parceria acionária e técnico-comercial com a Simonds International, gigante norte-americana na área de ferramentas de corte.

O acordo envolve aporte de US$ 1,5 milhão da empresa americana na unidade brasileira do grupo alemão. Com os recursos, a subsidiária já começou a ampliar instalações e a receber novos equipamentos para dar acabamento e comercializar produtos (serras de fita e outros itens) da Simonds. O quadro de funcionário deverá aumentar em 10% – hoje são 100 pessoas na área fabril.

Em razão da joint-venture, a perspectiva da empresa de Diadema é crescer 40% em vendas neste ano. No país, a Wagner Lennartz tem crescido a uma taxa anual de 25% nos últimos anos. Em 2004, fechou o ano com faturamento de R$ 20 milhões, 57% a mais que em 2003. Um dos grandes impulsos se deu pelo aquecimento da produção automotiva. A companhia tem entre os clientes montadoras como GM, Volkswagen e DaimlerChrysler e indústrias de autopeças como Mahle e Termomecânica.

Com a joint-venture, a companhia norte-americana, cuja receita anual é de US$ 175 milhões ao ano, passa a deter 33% da unidade do grupo alemão no Brasil. O carro-chefe da aliança serão as serras de fita bimetálicas para corte de metais, fabricadas pela Simonds. “Haverá sinergia”, afirma o gerente geral da empresa de Diadema, Erni Dattein.

A Wagner Lennartz é líder do mercado brasileiro na área de serras circulares para corte de metais, com 60% de participação. A idéia é aproveitar o caráter complementar das linhas para ampliar a presença de mercado nas áreas de siderurgia, autopeças, fabricação de tubos, distribuição de aço e outras.

Fabricação local – Segundo o gerente geral, a filial do grupo alemão já comercializa há três anos serra de fita, adquirida do exterior, mas a parceria permitirá crescer mais fortemente no segmento. “Além disso, estamos prospectando mercado para produzir localmente (os itens da Simonds) dentro de um a dois anos”, afirma.

Os produtos (serra circular e de fita) têm basicamente a mesma aplicação – utilização para corte de metais. Dattein explica que a circular se adequa melhor à produção em série (larga escala) e a de fita, à não-seriada.

Dessa forma, de acordo com o gerente comercial, Laerte Gandelini, a parceria permitirá à empresa ganhar espaço entre indústrias de médio porte e ampliar o foco de atuação. Ainda segundo ele, após o início da produção de serra de fita, daqui a dois anos, a meta é conquistar um quinto do mercado nacional de ferramentas de corte (que movimenta atualmente R$ 250 milhões ao ano).

Gandelini acrescenta que estão previstos investimentos para a montagem de cinco centros de distribuição espalhados pelo país, próximos aos mercados consumidores. A empresa também pretende ampliar exportações. As vendas ao exterior da Wagner Lennartz correspondem hoje a 20% do faturamento total.



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