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Caso Celso não incomoda governo federal, afirma Gushiken
15/12/2003 | 22:59
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O chefe da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República, Luiz Gushiken, afirmou nesta segunda que a reabertura das investigações sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, “não incomoda e não respinga no governo”. Gushiken é um dos primeiros integrantes do comando principal do Palácio do Planalto a falar a respeito do assunto, publicamente, depois da reabertura do caso e da prisão do empresário Sérgio Gomes da Silva, acusado pelo Ministério Público de ser o mandante do seqüestro e morte do prefeito.

“Isso é um problema localizado em Santo André. Não tem absolutamente nada com o governo federal. Portanto, não há incômodo nenhum”, afirmou. Segundo ele, “uma coisa é Santo André e outra coisa é o governo federal. Não tem nenhuma ligação.”

O chefe da Casa Civil, José Dirceu, e a assessora especial Miriam Belchior e o chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, fogem do tema.

Gushiken tentou desvincular, totalmente, as investigações sobre a morte de Celso Daniel do governo e desafiou os que acusam integrantes da administração federal de terem repassado recursos da Prefeitura do Grande ABC para a campanha do PT, como o médico oftalmologista João Francisco Daniel, irmão do prefeito assassinado em janeiro do ano passado, a apresentarem provas. “Ele tem de provar”, afirmou o chefe da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República, ao ser questionado sobre como o Poder Executivo recebia as declarações de João Francisco, segundo o qual o dinheiro arrecadado na administração municipal foi passado para o partido.

Gushiken declarou que “o exercício mental de jornalista é livre e aberto, mas as ligações (entre os que hoje estão no Executivo e as denúncias apresentadas) não existem”, sobre as notícias do caso, publicadas nos últimos dias.

O porta-voz do Palácio do Planalto, André Singer, disse nesta segunda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se pronunciou até agora sobre a reabertura da apuração porque o tema nunca fora levado até ele. Perguntas sobre o caso já foram encaminhadas a Singer, no entanto.

O presidente nacional do PT, José Genoíno, repetiu nesta segunda que o caso Celso Daniel está com o MP (Ministério Público) e a polícia. Mas defendeu a quebra do sigilo da investigação. “Como presidente do PT, acho que deveria ser quebrado o segredo de Justiça.” Genoíno disse ainda que o processo nunca deveria ter tido o segredo de Justiça. Ele declarou que, apesar dos ataques de familiares do ex-prefeito de Santo André à legenda, não os processará. “Eu respeito o sentimento da família.”




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