Como este não foi o único caso – antes dele, a morte de Tancredo Neves já tinha obrigado o vice José Sarney a assumir o cargo –, o vice passou a ter importância. Na semana passada, foi realizado até um debate entre os candidatos a vice-presidente pela Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão. Apesar de ter sido considerado morno, o debate inovou por ser inédito e por mostrar aos eleitores quais são as pessoas que poderão vir a governar o país.

Além de Sarney e Itamar, há outros casos, também da história recente do país, em que os vices assumiram após a morte ou afastamento dos reais donos das cadeiras. Há um ano e meio, a morte de Mário Covas levou ao Palácio dos Bandeirantes Geraldo Alckmin, que hoje é candidato ao cargo.

No Grande ABC, o caso mais conhecido é de João Avamileno, que após o assassinato do prefeito Celso Daniel em janeiro deste ano, assumiu o cargo. Este não foi o único caso na região, antes houve os caso da morte do prefeito de Rio Grande da Serra Cido Franco, em março de 1997. O vice José Carlos de Arruda assumiu, mas também não pode terminar o mandato, pois foi assassinado antes. Até a realização de novas eleições na cidade, Rio Grande foi administrada pelo presidente da Câmara.