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Ano começando à deriva
Do Diário do Grande ABC
05/01/2016 | 07:59
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Artigo

Os primeiros dias de 2016 surgem carregados de apreensividade. Os números de 2015 ainda não foram totalmente fechados, mas são negativos. A preocupação de todos os brasileiros é sobre quanto o mau desempenho do ano passado pode impactar o Brasil de 2016. Existem análises para todos os gostos. Os economistas descomprometidos com segmentos políticos não escondem sua preocupação com a possibilidade de vivermos um 2016 tão incerto quanto foi o 2015 ou até pior. Só o governo federal ainda é capaz de fazer perspectivas otimistas e anunciar medidas de desenvolvimento dentro do clima de falta de recursos e – principalmente – de credibilidade.

Enquanto isso, o Poder Legislativo – 513 deputados e 81 senadores – goza as férias de verão, deixando nas gavetas de Brasília as decisões que tem de tomar sobre o pedido de impeachment da presidente da República, as reformas e uma série de providências que deverão determinar a vida nacional deste e dos próximos anos. É direito constitucional dos parlamentares, mas o difícil é explicar ao cidadão comum que, num momento crítico como este, onde há que se decidir sobre a troca ou não de governo cheio de problemas, os representantes do povo, em vez de trabalhar, estão veraneando.

Deputados e senadores suspenderam suas atividades, na Capital Federal, dia 22 de dezembro. Agora, passados o Natal e o Ano-Novo, quando todos os brasileiros voltam ao trabalho, na construção de outro ano, os congressistas continuam em férias. Só voltarão ao trabalho no dia 15 de fevereiro, depois do Carnaval. O correto seria voltarem em 1º de fevereiro, mas, com o Carnaval entre os dias 6 e 9, todos sabemos como acontece no Planalto Central. Cada um fica em sua cidade ou região.

Embora haja a certeza de que, independentemente do resultado – pró ou contra o afastamento da presidente –, o Brasil ainda continuará como grande País cheio de oportunidades, os investidores esperam pela decisão para depois fazerem os seus negócios. Por conta do recesso parlamentar de fim de ano, o Brasil estará parado por 50 dias. Só a partir daí é que deputados e senadores voltarão a discutir o destino da governante e da Nação. Até lá seremos barco à deriva. Oxalá, quando voltarem, decidam logo e, com isso, tirem a Nação desse nefasto clima de transitoriedade ou que – melhor ainda – suspendam o recesso ainda em janeiro.

Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente e dirigente da Aspomil (Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo).

Palavra do leitor

Dedetização
Para combater a dengue, chikungunya e zika vírus, o meio eficaz seria a dedetização em todas as residências, mas o poder público não tem condições de arcar com a responsabilidade de gestão – financeira, econômica e de recursos humanos. Na década de 1950, a dedetização era eficiente e até nas zonas rurais as casas eram dedetizadas sem quaisquer ônus aos moradores. Nesse ‘beco’ em que nos encontramos, só há uma saída: os fabricantes de inseticidas deveriam expor nos supermercados a preços módicos e ao alcance de todos embalagem de aerossol para combater essa epidemia, que se alastra em todos os setores da comunidade, sem limites e adversidades.
Kiyoshi Ikeda
Santo André

Sem barulho
Excelente a carta do leitor Carlos Alencar Ribeiro (Dê-me motivos, dia 1º). Também sou totalmente contra a soltura de rojões em todo 31 de dezembro. Atitude selvagem, irresponsável e sem propósito. Como esperam que o País prospere com mentalidade tão primitiva? E perigosa também. Morador da região Norte morreu ao tentar soltar rojão com a boca. Poluição sonora e do ar. O perigo que isso representa para as aves e outros animais é indecifrável. Isso fora o lixo que deixam espalhados nas ruas e praças após o evento. As autoridades deveriam tomar providências para proibir essa prática insana e ridícula.
Maria das Graças Novais
São Bernardo

Resposta
Sobre a carta do leitor João José Pereira (Remédios, dia 3), a Farmácia de Alto Custo do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, esclarece que tem trabalhado para a otimização dos serviços. Nas últimas duas semanas, foram realizados aproximadamente 1.850 atendimentos por dia, cerca de 15% a mais do que o previsto para essa época. Outro fato relevante que deve ser levado em consideração é que, em razão dos feriados em dezembro, houve aumento no número de pacientes agendados por dia no último mês. Vale ressaltar que, desde setembro, o atendimento está sendo realizado com horários e datas agendados previamente. Os pacientes foram comunicados no início de agosto sobre a alteração. Com esta nova medida, já foi possível constatar melhorias, como a redução de até 50% no tempo de espera. É importante frisar mais uma vez que a população precisa respeitar as datas e horários marcados, evitando comparecer à farmácia sem agendamento, sobrecarregando o atendimento planejado e prejudicando os pacientes que fazem o agendamento devidamente.
Secretaria do Estado da Saúde

Até quando?
Vivemos em um País anarquizado em todos os sentidos. Nossa economia está totalmente dilapidada. A cada ação do governo se vê a má gestão. E as 900 pessoas em delegação e hospedadas em luxuosos hotéis? E as embaixadas? E os cartões corporativos mentirosos e sem limites? E as pedaladas que se repetem? De tanto falar mentiras, em todos esses anos muita gente acreditou nelas, que acabam virando verdades. Quando essa turma do mal irá devolver aos cofres públicos tudo que lesou, mandou ou deixou roubar? Deixou nossos cofres limpos! Agora cria, na calada da noite, impostos. E a Petrobras e outras estatais, quando terão pessoas honestas a dar-lhes destino confiável? Como se vê, naufragamos. Preocupam o desemprego, a falta de segurança e principalmente a ausência total e o caos na Saúde pública. Chega de tanta incompetência!
Júlio José de Melo
Sete Lagoas (MG)

Cartaz
Nunca me deparei com situação tão horrível, repugnante, com pessoas sem escrúpulo, sem caráter, sem conhecimento algum do que é religião, do que é Deus, pois o que me deparei não é de Deus, principalmente em novos tempos e com papa com mente digna e aberta. Igreja São Francisco de Assis, em Santo André, santo forte de devoções. A escrita encontrada na porta dessa igreja não é de um ser humano que possui família, nem sequer vida própria, pois isso nem para animal deveriam expor. Entro na igreja, e à porta um cartaz diz: ‘Eu defendo a vida. Não ao aborto, sim à vida. Não à ideologia de gênero, sim à família. não à contracepção artificial, sim ao matrimônio e métodos naturais de planejamento familiar. Não à reprodução assistida, sim à reprodução natural. Não à eutanásia, sim à vida e à espera da morte natural’. Será que tem realmente uma pessoa que tem a covardia de ministrar um absurdo desse? Desculpem-me, mas isso não é ser católico. Isso não é de minha religião. Vergonha! Quem é essa Comissão Diocesana em Defesa da Vida? É da Diocese de Santo André? De quem é a responsabilidade?
Marco Aurélio
Santo André 




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