Artigo

Escândalos nas várias esferas do governo, recuo no nível de ocupação e recorde de desemprego, inflação a dois dígitos – bem acima da meta –, retração do PIB (Produto Interno Bruto –#que é a riqueza produzida pelo País), alta dos juros, ajuste fiscal, crises econômica e política, reajustes nos combustíveis, na energia e tantos outros números desalentadores e pontos negativos que fazem de 2015 um ano para ser rapidamente esquecido. E tudo isso contraria sistematicamente o discurso de Dilma Rousseff ao longo da corrida eleitoral à reeleição. Não bastasse isso, a presidente da República levou adiante cortes no Orçamento em 2015. Uma das consequências, a redução de repasses para investimentos torna sombrio o cenário para o ano que ora se inicia, o qual analistas esperam que seja ainda pior que o que finda.

Mas o início de 2015 também foi com perspectivas negativas para a economia nacional, quando o então ministro da Fazenda Joaquim Levy declarou sobre a necessidade de ajustes fiscais com forte impacto no PIB da Nação. Atravessamos as tempestades e aqui estamos. Sobrevivemos. Mas o que esperar para 2016? Grande parte depende do que vai acontecer no campo político, agravado com série de escândalos e cujo fim ainda não se desenha claramente. Partindo do raciocínio de que o atual governo seguirá à frente da Nação serão outros 363 dias de fortes emoções.

Mas que o poder do medo não seja maior que a força para vencê-lo. É preciso encarar as dificuldades – que, com o cenário que se advém, não serão poucas – e transformá-las em oportunidades. Crises e oportunidades são temporárias. Há capacidade nas cabeças pensantes que conduzem este País de dar a volta por cima e achar, em futuro que se mostra incerto, condições, mesmo que mínimas, para criação de circunstâncias necessárias à retomada do tão aguardado crescimento. Desde que queiram, claro. É necessária transformação de hábitos e talvez para isso devêssemos voltar às ruas e fazê-los recuar, assim como fizeram os estudantes em relação à reorganização do ensino, que propunha transferência de 311 mil alunos e fechamento de 94 escolas, sendo seis no Grande ABC. Ninguém foi transferido. Nenhuma unidade cerrou as portas.

Mesmo diante de ano desafiador, não se pode deixar o otimismo de lado. É inegável que obstáculos estarão sempre pelo caminho, a diferença está na capacidade de enxergá-los para poder superar. Vencer as adversidades nos deixa mais fortes. E foi isso que fizemos ao longo do ano, com sobrepujante capacidade de inovar, reinventar, superar. Sem medo. Não restam a mim dúvidas de que 2016 será período de muitas possibilidades. Sejamos fortes para persegui-las sem desanimar.

Feliz 2016.

Francisco Lacerda é responsável pela Palavra do Leitor e revisor do Diário.

Palavra do leitor

Boas-Festas
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Fim do dindim
Essa turma ligada ao PT não quer só o dinheiro, mas o poder e o controle sobre tudo, de modo a implementar outro mundo baseado em inspirações ocultas doentias e distorções completas da realidade. Todo o processo se dá por meio dialético e é por isso que a esmagadora maioria da população não compreende a síntese objetivada. Sendo assim, o senhor Reginaldo Lopes, deputado federal pelo PT de Minas Gerais, honrando os prestimosos serviços marxistas prestados aos socialistas fabianos, apresentou projeto de lei que visa extinguir a produção, circulação e uso do dinheiro em espécie, determinando que as transações financeiras se realizem apenas por meio do sistema digital. Projeto que talvez agrade alguns inocentes úteis, que acreditam piamente que a criptomoeda não seja teste de menor escala para fim maior, também conhecido como teste de choque. Acorda, Brasil!
Luizinho Fernandes
São Bernardo

Não cumprida
Em agosto conversei com o prefeito de Santo André, onde, na ocasião, cobrei empenho maior dos vereadores a respeito do Estádio Bruno José Daniel. Lembro da promessa de que o estádio seria entregue até o fim de dezembro em condições de jogo, inclusive com a iluminação para partidas noturnas. Pelo que estamos vendo a promessa de campanha e a afirmação do prefeito naquele dia não serão concretizadas. O estádio estará sim em condições de jogo para a Série A-2, mas a iluminação só será entregue em abril. Pedimos para ser pensada a cobertura da antiga marquise, e que se a intenção era aumentar a capacidade do estádio, que se fizesse tobogã para 5.000 lugares atrás do gol de fundo do Brunão. Mas, infelizmente, a promessa de campanha não foi realizada. A população aguarda uma posição do prefeito sobre o assunto.
Fernando Cesar Toribio
Santo André

Pedaladas
A presidente Dillma pagou as pedaladas. Ela bem que poderia ensinar a receita para o povo brasileiro, endividado até a alma, de como pagar as dívidas do cartão de crédito, cheque especial etc com o mesmo método! Como pagar dívida presente com dinheiro futuro. E nós não sabíamos que tínhamos uma presidente que transformava cofre vazio em cheio. A única certeza que temos é que a mágica será paga pelo povo brasileiro.
Beatriz Campos
Capital

Estilo Pollyanna
No melhor estilo Pollyanna, a criatura ‘presidenta’ fala em esperança renovada para 2016: “Sei que tivemos um ano difícil (omitiu que foi culpada por isso), mas estou otimista com 2016. Acredito na força do nosso povo e na agenda que traçamos para o Brasil (?!)”. Disse ainda que a agenda do novo ano será de reformas que vão ‘aprofundar’ (ou afundar?) a democracia e fortalecer o crescimento sustentável. Pelas notícias do primeiro dia do ano, dá para perceber o porquê de tanto otimismo: distribuição de verbas parlamentares, verdadeira compra de fidelidade, no interesse próprio para afastar o fantasma de impedimento e implantação da tal ‘agenda’ para ‘aprofundar’ a democracia. E ella continua fazendo o diabo para garantir o poder dos nefastos.
Aparecida Dileide Gaziolla
São Caetano

Brizola
Depois de ter saudado a mandioca e criado a mulher sapiens, nada mais coerente poderia ter partido da cabeça de Dilma Rousseff do que incluir Brizola no livro de heróis da pátria, ao lado de figuras como Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Santos Dumont e D. Pedro I. Mais uma dilmice para se juntar a tantas outras dessa trapalhona incorrigível.
Ronaldo Gomes Ferraz
Rio de Janeiro

Piada internacional
A maior piada do ano foi contada pelo ex-presidente Lula, ao dizer que não sabia do que aconteceu no seu governo e no PT de anormal e ilícito. É vergonhoso para qualquer petista honrado, honesto, justo e correto, assim como para os simpatizantes e eleitores do partido. Tudo foi comprovado por meio de flagrantes, prisões, confissões, apreensões de provas e, inclusive, devolução de parte dos recursos desviados dos cofres públicos do governo e da Petrobras. Por isso, viramos uma piada no Exterior.
Valmir Alves Bezerra
São Bernardo

Ano-Novo
Se 2015, que não era ano eleitoral, foi tão difícil, o que esperar deste novo ano, com eleição municipal? Deus nos ajude!
Edvaldo Vassaz
Diadema