Cerca de 15 mil pessoas deverão aportar na cidade de Miranda, encravada em pleno coração do Pantanal sul-matogrossense, a 194 km de Campo Grande, para conferir as atrações da 14ª edição do Dia do Homem Pantaneiro. O evento será realizado entre os dias 8 e 12 de outubro numa das regiões de maior diversidade natural do país.

De acordo com o presidente da Sociedade de Defesa do Pantanal (Sodepan), Luiz Carlos Ferreira Gomes, além da homenagem ao homem pantaneiro, será a oportunidade de disseminar novas tecnologias logísticas operacionais e políticas para que a economia do Pantanal cresça de forma sustentável.

A festa contará com shows, rodeios, provas de laço comprido, exposições, palestras, debates, workshops, cursos, venda de produtos regionais e passeios pelos principais pontos turísticos de Miranda e arredores.

Com acesso terrestre relativamente tranqüilo – fora da cheia – pela BR-262, Miranda proporciona ótimas cavalgadas em meio à mata, safáris noturnos para focagem de jacarés, passeios de canoa e um deslumbrante pôr-do-sol à beira rio. Também abriga um dos mais conceituados empreendimentos do gênero no país: o Refúgio Ecológico Caiman, que, além de hóspedes, abriga lobinhos, jacarés, tuiuiús e outra infinidade de animais típicos da região, alguns ameaçados de extinção, como a arara-azul. Outras opções de hospedagem são as fazendas Santa Inês, Baía Grande, Refúgio da Ilha e a pousada Águas do Pantanal.

A paisagem de Miranda é parecida com a da vizinha Aquidauana, ponto de apoio de pescadores entre os meses de julho e outubro. Como o rio pertence a uma área de preservação ambiental, a pesca só é autorizada no sistema pesque-e-solte, com a devolução do peixe vivo às águas. Na época de estiagem, grandes lagoas secam dando origem a salinas. Informações sobre o Dia do Homem Pantaneiro podem ser obtidas na prefeitura de Miranda, pelo telefone (0xx67) 325-1333.

Cáceres – Na região Norte do Pantanal, por sua vez, a cidade de Cáceres, a 215 km de Cuiabá, promove na segunda quinzena de setembro o Festival Internacional de Pesca. Considerado um dos maiores torneios do mundo na modalidade, o festival atrai cerca de 100 mil pessoas e 1,5 mil competidores, entre adultos (que pescam em embarcações) e crianças, que têm uma competição à beira-rio. Shows de grupos regionais, feiras de náutica, estandes de comidas típicas pantaneiras e mostras de artesanato completam a programação.

Peixe, aliás, é o que não falta à região. Nos restaurantes, o turista tem a oportunidade de deliciar-se com pratos fartos de pacu, dourado ou com o afrodisíaco caldo de piranha.

A maior estrela da culinária local, no entanto, é o pintado, que pode ser saboreado como petisco, grelhado em espetos ou em pratos mais requintados, como o pintado à urucum – que leva creme de leite de coco, molho de tomate e mozarela – e a mojica, espécie de ensopado feito com o filé do peixe em cubos, mandioca e banana-da-terra.