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S.Bernardo tem o jogador mais alto e o mais baixo
Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
02/02/2011 | 07:31
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Tiago Silva/DGABC


Quarenta e oito centímetros. Essa é a distância que separa o líbero Gian do oposto Renan, ambos do BMG/São Bernardo, time que disputa a Superliga Masculina de Vôlei. Motivo de piadas nos bastidores da equipe, os jogadores se mostram habituados com a disparidade, minimizada pelos cinco anos de convívio. Revelados nas peneiras do clube, os dois moram juntos, ao lado de outros companheiros de clube, e vivem situações inusitadas.

Um simples passeio no shopping, por exemplo, é motivo de chacota. "É engraçado andarmos lado a lado. Ninguém acredita que somos companheiros de equipe. Mas estamos acostumados com as brincadeiras", comenta Gian, o líbero de 1,69m. "Preciso de algumas adaptações no dia a dia. Meu carro, por exemplo, comprei após testar vários modelos. Durmo em cama de 2,20m e ainda sobra um pouco do pé para fora", completa o oposto Renan, de 2,17m.

Em média, o brasileiro adulto tem 1,75m, entretanto, no vôlei é incomum achar jogadores com menos de dois metros. Da mesma forma é quase raridade jogadores como Renan, que ultrapassam a marca dos 2,10m. Para se ter uma ideia da proporção, a rede de vôlei para partidas oficiais masculinas fica a 2,43m do chão, facilmente ultrapassada por Renan com os braços erguidos.

É justamente o biótipo privilegiado que tem ajudado o oposto do São Bernardo a se destacar na Superliga. "No meu caso tem sido fundamental a estatura. Me ajuda muito nos fundamentos e tenho que tirar proveito da situação", comemora o jogador que é o segundo maior pontuador da competição com 276 bolas no chão, sendo 35 no bloqueio, uma de suas especialidades.

Gian, ao contrário, teve de ser muito persistente para conseguir jogar em alto nível. "Eu mesmo tinha preconceito por conta da altura, não sabia até onde poderia chegar. Mas resolvi tentar e hoje estou satisfeito, jogando a Superliga. Percebi que a baixa estatura não faz tanta diferença na minha função, já que preciso estar bem preparado para defender e passar com qualidade", avalia o líbero.

Apesar da flagrante diferença de estatura, a mescla entre jogadores altos e baixos parece ter dado resultado. Mesmo com pouco investimento, a equipe tem tido ótima participação na Superliga figurando sempre entre os nove primeiros colocados. "Acho que o entrosamento do time e a vontade de evoluir tem feito a diferença. Nosso objetivo é terminar entre os oito primeiros e depois, no mata-mata, tentar surpreender", finaliza Gian.




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