O PSB, liderado pelo vice-governador de São Paulo e presidente estadual do partido, Márcio França, tenta retirar o ex-prefeiturável Raimundo Salles (PPS) da disputa eleitoral de 2016 ao Paço de Santo André. Tratativas firmadas pela legenda do ex-chefe do Executivo Aidan Ravin, líder em sondagem de intenção de voto, conforme levantamento do DGABC Pesquisas, visa atrair o ex-secretário de Cultura da administração municipal, que se declara como pré-candidato no páreo, mas está em quarto lugar na sondagem do Diário. A proposta da sigla é convencer o popular-socialista a formar frente antiPT.

O teor do plano abrange que a união, em eventual apoio a Aidan, poderia dar robustez à chapa oposicionista já no primeiro turno contra o prefeito Carlos Grana (PT). A inclusão do popular-socialista, bem como do quadro do PSDB, com o ex-vereador Paulinho Serra, praticamente levam a disputa para a etapa final do pleito. Salles disputou as outras duas eleições municipais (2008 e 2012, ficando em terceiro lugar em ambas). Uma das teses seria apontar que, pela primeira vez, o ex-prefeiturável pode sair do páreo menor do que entrou eleitoralmente. Diante do cenário, as executivas paulista e local do PSB conduzem a ofensiva.

Salles tem refutado todas as especulações de possível saída do páreo majoritário. Contudo, há reclamações de que o ex-prefeiturável não tem se empenhado politicamente até o momento pré-eleitoral, diferentemente dos pleitos anteriores. O popular-socialista, nos bastidores, alega que a postura trata-se de estratégia. A última reunião foi dia 9 no diretório do PPS, mas existem relatos de baixo estímulo. Por outro lado, não tem sido visto nas ruas em campanha. Ele não foi localizado para comentar o tema. Está em viagem com a família pela China.

A decisão de efetivar candidatura, no entanto, estaria nas mãos do próprio Salles. Dirigente do PPS no Estado, o deputado federal Alex Manente descartou a possibilidade de acordo neste momento. Segundo o parlamentar, o ex-prefeiturável possui garantia da legenda. “O partido está estruturado, tem todas as condições de se colocar na disputa. Não há hipótese de isso acontecer neste momento. Não existe sequer conversas entre PSB e PPS (na esfera paulista)”. Em contrapartida, o presidente do PSB local, Donay Neto, confirmou a predisposição pelo acordo. Para ele, a situação tornaria o pleito plebiscitário. “Estou apostando todas as fichas de que podemos fazer aliança com o PPS.”