Artigo

Historicamente nos negócios as crises têm papel de separar o joio do trigo. Infelizmente, como em todas as guerras, existem mortos e feridos. No Brasil, a crise política, com efeitos na economia, afetou diversos setores econômicos. O varejo sofreu impactos e reflexos e tem muito a aprender para 2016. Ponto importante que devemos observar – e que muitos não querem enxergar – é que finalmente ‘fazer certo’ passa a ser prioridade, o que não passa de obrigação, e isso é falar do básico: planejamento, gestão, eficiência e eficácia. A preparação para 2016 começa agora e é muito importante que as empresas façam isso para fortalecer o setor, gerar mais empregos e maximizar os lucros. Destaco alguns pontos importantes que vão auxiliar os varejistas no ano que se aproxima:

1 – Sair da zona de conforto. Como todos dizem, o varejo é dinâmico, então, por que todos foram pegos na zona de conforto das vendas em alta? É no momento do ‘conforto’ que as atenções devem ser redobradas.

2 – Processos e operações. Deixar de fazer as coisas como sempre foram feitas e adotar métodos de trabalho e implantar rotinas de execução. Sempre uso exemplo da indústria e financeiras, que possuem padronização há tempos e com isso conseguem maximizar as atividades de maneira contínua.

3 – Pessoas. Desenvolver, capacitar e valorizá-las dentro do negócio. Para alcançar resultados necessários, o varejo precisa de pessoas envolvidas, remuneradas pelos resultados, em constante capacitação e apaixonadas pelo negócio.

4 – Clientes. No momento em que as vendas caem, percebe-se que não se conhece os clientes. Existe quantidade enorme de informações que podem ser utilizadas para conhecê-lo. Assim, é possível desenvolver produtos melhores, ambientes de loja, marketing mais assertivo e atendimento personalizado.

5 – Caixa. Ter fluxo de caixa seguro minimiza momentos de incerteza das empresas e garante instantes de serenidade para posicionar ou reposicionar-se. Ter fluxo de caixa saudável é um dos aprendizados mais importantes.

As estratégias para 2016 sofrem impactos da economia ou da política, mas são principalmente impactadas e precisam acontecer dentro da cabeça dos responsáveis pelos varejos. Existe mindset (modelo mental) que precisa ser alterado para que o próximo ano transcorra com o mínimo de impactos possível. Em 2015, as empresas que sofreram o menor impacto com os acontecimentos econômicos foram aquelas que alguns anos atrás tomaram a decisão de alterar esse mindset e adotar algumas das práticas acima, de maneira estruturada e consciente, para tornarem-se com alto desempenho e, sobretudo, sustentáveis.

Anderson Osawa é especialista em gestão e varejo.

Palavra do leitor

Aedes
Por onde andam os agentes de combate ao Aedes aegypti, que deveriam estar indo de casa em casa neste período de chuva verificar os focos do mosquito? Moro na Vila Floresta e dia 6 matei um filhote do mosquito. Olhei tudo em minha casa e verifiquei que está em ordem, sem nenhum foco. Mas o que posso dizer dos vizinhos? Cada um sabe que deve cuidar e verificar os focos, mas há mais de um mês não vi nenhum agente de combate e prevenção passando por minha rua ou indo às casas verificar a situação. Se matei um filhote é porque há foco próximo de minha casa, certo? E os agentes passam na rua de casa somente nos períodos em que a incidência é menor. Talvez o planejamento quanto à época de verificação devesse ser revisto, pois nesse tempo de maior incidência não se vê ninguém fiscalizando. Ou será necessário haver surto ou esperar alguém morrer para que se tome alguma providência? Cadê a preocupação com a saúde da população?
Elisângela Pagoto
Santo André

Que coisa
Dilma e o PT tanto falaram em terceiro turno e agora, descaradamente, promovem o mesmo. Parece a campanha de 2014, tal o nível de mentiras. Em todos os lugares que aparece, Dilma diz que vai defender o seu mandato. Não é mandato, Dilma. É governo. É decreto sem número e sem conhecimento do Congresso. É pedalada fiscal. São mais de R$ 100 bilhões de mentiras governamentais. O TCU já condenou. A Câmara acatou e abriu processo de impeachment. O STF já referendou a decisão como constitucional. Preferiria que Dilma tivesse dez contas na Suíça do que mais 10% de queda na indústria, PIB negativo de 3%, inflação de mais de 10%. O governo não tem defesa. É gestão corrupta, assassina dos sonhos de milhões de brasileiros. E que ainda tem coragem de juntar pelegos em eventos caríssimos para aplausos encomendados, como da Conferência Nacional de Saúde. A oposição deve estar atenta e não deixar nada sem resposta. Plantão em fim de semana, feriado, Natal e Ano-Novo. É o mínimo.
Luizinho Fernandes
São Bernardo

Necessitado
O Brasil precisa, urgentemente, de quem o ame, mais que a partidos, políticos, ONGs revanchistas e pseudodemocratas ou tecnocratas e verdadeiros psicopatas. O Brasil precisa de leito para internação emergencial e encontra-se no corredor do SUS sem energia elétrica, pronto atendimento e sem médico. O País espera a noite do Natal e mal sabe que não terá sequer arroz e feijão, quanto mais bonequinha de pano ou bola de plástico enrugada para seu o seus filhos. O Brasil precisa de ‘bolsa água’, luz e gás, pois o desemprego chegou e não quer saber de onde sairá o dinheiro. Tudo no Brasil está à venda e não existe quem queira comprar, em razão de estar sem valor de credibilidade. Não estamos esperando por ‘meu herói que morra por overdose’. O Brasil só precisa de quem o ame acima de idólatras e ídolos humanos, ou melhor, desumanos.
Cecél Garcia
Santo André

Sigla
Depois de quase sete anos juntos, incluindo as mentirosas campanhas de Dilma Rousseff à Presidência, Michel Temer, seu vice, escreve carta para dar uma de santo. Acho que ele quer mais é se dar bem! E a presidente pode encher o peito e dizer a ele em outra carta: ‘Muy amigo!’ Esse é o PMDB (Pessoas Malandras Dando de Bondosas). Só que com elas mesmas.
Antônio José G. Marques
Capital

Se fosse outro...
Por muitos ‘pecados’ que Eduardo Cunha tenha a pagar, eu considero que ele foi um mal necessário para a política brasileira em 2015. Já pensou se ao invés dele tivessem eleito o Chinaglia para presidente da Câmara dos Deputados? Tudo seria como dantes no quartel de Abrantes. Deus nos livre!
Mara Montezuma Assaf
Capital

Coerência
Ciro Gomes declarou que entrará com processo de impeachment contra Temer, caso Dilma seja apeada do poder, e para tanto quer usar alguns decretos que Temer teria assinado, liberando verbas não contempladas pelo Orçamento, em suas transitórias passagens pelo Planalto durante ausências de Dilma. Essa ‘munição’ teria sido provida pelo próprio Palácio do Planalto. Voltando à origem dos fatos, o governo e o PT não dizem que não existe nada de ilegal nas liberações de verbas por Dilma? Mas por Temer, ao cumprir o que a área econômica de Dilma encaminhou para sua assinatura estaria configurada a ilegalidade?
Claudio Juchem
Capital