Sem reposição de aulas, jovens que pretendem cursar Ensino Superior devem ser prejudicados
A secretária adjunta de Educação do Estado, Irene Kazumi Miura, afirmou, ontem, durante evento da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado, que a indefinição sobre a reposição das aulas nas unidades estaduais ocupadas pode prejudicar alunos que estão concluindo o Ensino Médio. Isso porque, segundo ela, para ingressar no Ensino Superior o jovem precisa de certificado de conclusão da Educação Básica, que não poderá ser fornecido pela secretaria.
“Este aluno, muitas vezes, já estava com o projeto de entrar na faculdade, mas se ele não terminar o ano letivo, nós, como secretaria, não temos como emitir o certificado. Ele precisa fazer a reposição de aulas”, relatou Irene. De acordo com a secretária, um plano para reposição de aulas já foi definido pelo Estado.
No mês passado, a Secretaria de Educação do Estado publicou resolução que assegura que todas as unidades escolares cumpram os 200 dias letivos do calendário curricular. O cronograma de reposição de aulas é de responsabilidade de cada escola.
AÇÃO JUDICIAL
O Ministério Público de São Paulo informou que pretende ajuizar ação judicial sobre o processo de reorganização escolar da rede paulista, que prevê o fechamento de 93 escolas no Estado, sendo seis no Grande ABC.
Em nota, o promotor João Paulo Faustinone e Silva, do Grupo Especial de Educação, informou que está analisando decreto publicado na terça-feira pelo governo estadual que autoriza a transferência de professores para implementar a reforma, e as informações colhidas no inquérito civil instaurado para apurar a reforma educacional. Silva diz que tomou a decisão ao constatar que o governo estadual vai levar adiante o projeto.
Passa de 190 o número de escolas ocupadas pelos jovens em forma de protesto contra a reorganização imposta, sendo 23 na região.
Ontem, novas manifestações pediram diálogo e a suspensão do processo por parte da Secretaria Estadual da Educação.
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