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Estamos impedidos
Do Diário do Grande ABC
01/12/2015 | 08:48
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Artigo

É lamentável observar que o Brasil caiu cinco posições no ranking do Bird (Banco Mundial) relativo à facilidade de fazer negócios, o Doing Business 2016. Dentre 189 países, ocupamos o desabonador 116º lugar, ante 111º na edição anterior. Estamos na segunda divisão da competitividade! Para fazer o levantamento, os técnicos do Bird avaliaram medidas tomadas pelas nações de junho de 2014 até junho de 2015. Assim, não há desculpas por parte das atuais autoridades. O relatório considera fatores como a facilidade de abrir empresas, obter crédito e energia elétrica. Esses critérios não são aleatórios, mas utilizados pelo Bird como referência exatamente por seu impacto na competitividade das economias. Como se vê, o Brasil está mesmo na contramão desses preceitos decisivos, pois tem excesso de burocracia e insegurança jurídica, dificultando o empreendedorismo, o dinheiro para investimento está escasso e caro, com as taxas de juros mais elevadas do mundo, e a eletricidade foi majorada com exagero neste ano. Ou seja, estamos impedidos no jogo da economia global e nem podemos reclamar do bandeirinha...

Não há mesmo como questionar os critérios. Ao contrário, se o relatório levasse em conta outros requisitos importantes para atrair negócios e a competitividade, possivelmente estaríamos em posição ainda mais desfavorável. Refiro-me à criminalidade, que afugenta investimentos e aumenta o custo dos empreendimentos, agravados pelas estruturas de segurança para proteger os negócios; e à corrupção, que assusta as grandes companhias, em especial neste momento em que compliance torna-se cada vez mais palavra de ordem.

O mais grave é que, quando surgem soluções viáveis para alguns problemas, a resistência é sempre grande na área estatal. Exemplo disso é o Cartão Material Escolar, resposta transparente, eficaz e moderna para as frequentemente nebulosas licitações realizadas por governos estaduais e prefeituras. Modelo totalmente aprovado nas unidades federativas que o adotaram.

O cartão permite que famílias comprem os materiais escolares, com a escolha dos modelos sendo feita pelos próprios alunos. Sem burocracia, sem atraso e sem fraudes nas concorrências. E ao invés da adoção ampla de soluções como essas, o País segue produzindo manchetes policiais, como no caso apurado pela Operação Aleteia, na Bahia, sobre suposta criação de empresas para fraudar licitações de material escolar em todo o Estado. Enquanto o Brasil menosprezar a ética, a segurança jurídica, a prevalência das leis de mercado e visão econômica contemporânea, continuará despencando nos rankings de competitividade.

Rubens F. Passos é economista pela Faap e MBA pela Duke University, presidente da Abfiae (Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório), diretor titular do Ciesp Bauru, presidente da Tilibra e integrante de vários conselhos.

Palavra do leitor

Às vítimas
Acredito nas flores vencendo o canhão/O pavor que tange o Ocidente/O sangue que tinge a liberdade/O medo de toda essa gente/Que um dia lutou por fraternidade/Guerra ao terror/Chuva de bombas no deserto/Nunca imaginamos que esta dor/Estaria aqui, tão perto/O atentado foi em Paris/Poderia ter sido em Santo André/Assim como diz/Aquela canção de Geraldo Vandré/‘Há soldados armados, amados ou não, quase todos perdidos de armas na mão’/Medalha do medo, pendurada no peito/Jihadistas espalham o pânico/O tão aclamado Estado de direito/Deu lugar a um autoproclamado Estado Islâmico/Isis, o nome de uma deusa tão bela/Hoje estampa desgraças/A morte foi vista da janela/Ali, sequer terminaram a champanhe que havia em suas taças/O terror trouxe medo/Trouxe ódio, trouxe dores/Falei um pouco deste triste enredo/Pra não dizer que não falei das flores.
Lucas Fernando de Carvalho
Santo André

Não dá mais!
Com tantas trapalhadas, mentiras e desconfiança, a presidente Dilma Rousseff e sua enorme equipe ministerial – muito fraca, por sinal, escolhida basicamente para acomodar os partidos políticos de sua base e não por critérios técnicos – perderam há tempos a condição mínima de governar o País. Ninguém mais acredita no que ela fala ou tenta fazer. A economia está parada, o desemprego em alta, os serviços públicos na maioria em condições precárias de atendimento e o dinheiro arrecadado dos nossos impostos sendo mal empregado e saindo pelo ralo, como vemos todos os dias na imprensa. Ninguém mais aguenta isso. Acredito que a melhor saída seria sua renúncia. Nas condições atuais, precisamos de alguém com credibilidade, honestidade, habilidade política e pulso firme para mudar expectativas e o Brasil voltar a andar. Esperamos também que a Justiça, inspirada no exemplo do extraordinário juiz Sérgio Moro, continue firme no propósito de seguir em frente nas investigações e punir àqueles que tanto mal estão causando ao Brasil.
Mauri Fontes
Santo André

Reorganização
Sobre as reportagens ‘Assembleia de alunos mantém decisão de seguir com ocupações’ e ‘Montada a resistência’ (Setecidades, dia 29), a Secretaria do Estado da Educação reafirma que segue firme no propósito de dialogar com os manifestantes. A reorganização escolar não tem qualquer compromisso com o fechamento de escolas. O procedimento visa exclusivamente a melhora na qualidade do ensino dos alunos e o aprimoramento das condições de trabalho dos professores. O processo de reorganização da rede por ciclos vem sendo conduzido de forma extremamente responsável e transparente, e fundamentou-se em estudos sólidos de avaliação escolar, que apontam, em escolas de segmento único, rendimento até 28,4% maior em relação às demais. O direito à manifestação dos estudantes é legítimo, desde que esses grupos não impeçam o acesso regular às aulas por jovens que por elas optarem.
Secretaria do Estado da Educação

Os homens dela
Certa feita disse Getúlio Vargas: ‘A metade dos meus homens de governo não é capaz de nada e a outra metade é capaz de tudo’. A citação teve progresso incrível na gestão Dilma, pois os homens de seu governo são capazes de tudo. Basta ver o que está acontecendo neste desgoverno e neste País com a Operação Lava Jato em curso. Enquanto o povo deixar, o roubo não vai acabar.
Izabel Avallone
Capital

Ressuscitando
Estava pensando nos gastos dos cartões corporativos da ex-primeira dama Marisa Letícia, que no primeiro mandato de Lula estavam bombando. Para não ter que abrir os valores à imprensa, Lula declarou que o sigilo dos dados era questão de Segurança nacional! Pois neste momento em que a família Lula da Silva está na berlinda, acho que está na hora exata de desenterrar este sapo. O País merece saber o tamanho do consumismo da senhora ex-primeira-dama.
Mara Montezuma Assaf
Capital

Assustadores
Segundo o Boletim Focus, 2015 deve se encerrar com inflação de 10,38% e contração do PIB de 3,19%. Números assustadores que nos dão a certeza de que não há espaço para impeachment de Dilma Rousseff – processo lento que pode levar seis meses. O Brasil não vai aguentar a inércia do governo por mais esse tempo. A renúncia da presidente é solução viável e imediata para saírmos da pasmaceira em que ela nos colocou. A única coisa que não pode acontecer é ela ficar na Presidência como mera voz a dar ordens erráticas e sem viabilidade. Ninguém acredita e confia mais. Se tem um pingo de amor ao Brasil, renuncie, presidente!
Myrian Macedo
Capital 




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