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Namorada de Dutra Pinto teme ser morta
Do Diário OnLine
04/01/2002 | 12:49
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A namorada Fernando Dutra Pinto, Luciana dos Santos Sousa, conhecida pelo apelido de ‘Jenifer’, acredita que o seqüestrador foi vítima de queima de arquivo e teme também ser assassinada. Luciana, que está presa no Cadeião de Pinheiros, participou do seqüestro da filha de Silvio Santos Patrícia Abravanel e foi presa na Bahia, dias depois da libertação da filha do empresário.

Dutra Pinto, que estava preso no Centro de Detenção Provisória do Belém, chegou ao Hospital do Tatuapé com parada cardiorrespiratória, causada por uma infecção generalizada. O diretor do Instituto Médico Legal de São Paulo, José Jarjura Jorge, já admitiu que o remédio tomado para controlar um broncopneumonia possa ‘maquiar’ os resultados dos exames da necrópsia.

Jenifer se correspondia praticamente todas as semanas com o namorado. A última carta que recebeu foi no dia 26 de dezembro e não falava sobre a briga que Fernando se envolveu com os agentes penitenciários. Na última correspondência que enviou para a namorada Dutra Pinto afirmou que depois justificaria porque deixou de enviar cartas nos últimos 20 dias.

O juiz corregedor Maurício Porto já afirmou que permitirá à detenta participar do velório do seqüestrador. O magistrado espera a definição do local e horário em que vai ser realizado os funerais de Dutra Pinto. O corpo do seqüestrador ainda está no IML onde passa por exames.

Um perito da Universidade de São Paulo foi indicado pela Fundação Teotônio Vilela, ligada à Defesa dos Direitos Humanos, para acompanhar as investigações sobre morte do detento. O legista terá liberdade para pedir coleta de material e acesso a todo o trabalho dos peritos da Polícia Técnica, segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Marco Vinício Petrelluzzi.

Luciana acredita que os agentes teriam matado Fernando porque ele apresentou uma versão diferente de um policial que participou da busca ao seqüestrador em um flat em Barueri, que deixou dois policiais civis mortos. O policial afirma que o seqüestrador matou os dois civis, mas Dutra Pinto alega que eles foram vítimas de uma divergência entre dois grupos de policiais que participavam da ação para capturá-lo. De acordo com a advogada de Fernando, ele teria mais detalhes para apresentar no próximo interrogatório.

Enquanto o policial sobrevivente afirma que apenas três policiais estavam no flat, o seqüestrador diz que sete ou oito estavam envolvidos na operação. A versão de Dutra Pinto coincide com o depoimento de um garçon do flat, que afirmou ter servido refeição para cerca de sete policiais no dia do incidente.

Nesta sexta-feira, os companheiros de cela de Fernando estão sendo ouvido pelo delegado da 5ª seccional, entre eles está o irmão de Dutra Pinto que também participou do seqüestro de Patrícia Abravanel.




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