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Chile: justiça pedirá que bancos suíços quebrem contas de Pinochet
Da AFP
29/09/2005 | 17:10
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A Corte Suprema de Justiça informou nesta quinta-feira que a Justiça chilena tentará obter antecedentes de bancos suíços sobre operações ocultas e possíveis pagamentos de suborno por tráfico de armas em que teria incorrido o ex-ditador Augusto Pinochet.

O juiz Sergio Muñoz, que investiga as contas secretas mantidas pelo general Pinochet nos Estados Unidos e em outros países, obteve a autorização da Corte para enviar cartas precatórias à justiça suíça e conseguir informes dos bancos Atlantic, Dresden e Kleveland-Szurich, conforme adiantaram fontes ligadas ao processo.

O CDE (Conselho de Defesa do Estado do Chile) encontrou indícios que vinculam o general Pinochet com a venda de armas e a obtenção de comissões, informou no começo de setembro o jornal La Tercera, em Santiago.

O vínculo das contas de Pinochet com a venda de armas também foi destacado no dia 14 de setembro passado pelo jornal britânico The Guardian, que acusou a maior empresa de armamento do país, a BAE (British Aerospace), de realizar pagamentos secretos de mais de dois milhões de dólares ao ex-ditador (1973-1990).

O propósito do juiz Muñoz é determinar se o ex-presidente de fato recebeu pagamentos ilegais por contratos com empresas fabricantes de armas, que poderiam ter engrossado seus depósitos no Riggs Bank dos Estados Unidos e entidades financeiras de outros países, estimados em quase US$ 27 milhões.




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