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Rodoviários recusam proposta de 6,3% de aumento
Tauana Marin
27/05/2011 | 07:16
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Ontem, os trabalhadores da base do Sindicato dos Rodoviários e Anexos do ABC recusaram, por unanimidade, a contraproposta dos empresários, que oferecem 6,3% de reajuste salarial. Duas assembleias foram feitas ao longo do dia, e o resultado foi o mesmo nos dois períodos.

A categoria, reunida às 17h, ‘gritava' por 15% de reajuste salarial e paralisação das atividades, caso a proposta não fosse aceita. Outra assembleia, que acontecerá terça-feira, dia 31, vai definir os próximos passos da campanha salarial. A data-base da categoria foi em 1º de maio.

Além do aumento, os trabalhadores do transporte coletivo urbano reivindicam piso salarial unificado; manutenção do posto de cobrador; tíquete nas férias e Participação nos Lucros e Resultados a todos.

O presidente da entidade, Francisco Mendes da Silva, o Chicão, afirmou que as negociações não serão fáceis, mas, quem ‘manda é a classe trabalhadora'.

Informações da assessoria do sindicato apontou que estavam presentes cerca de 500 trabalhadores na assembleia realizada pela manhã. À tarde, a sede do sindicato estava lotada, repetindo praticamente o mesmo volume de pessoas.

A base do setor de transporte urbano é composta por 7.000 trabalhadores na região, somando motoristas, cobradores e trabalhadores da manutenção, entre outros. Em 2010, o reajuste salarial foi de 3%, mais a isenção do convênio médico (o que corresponde a aumentos de 7,17% a 8,63%).

 

CONTRAPONTO

Na quarta-feira, os trabalhadores do setor de Turismo/Fretamento da região aprovaram a contraproposta patronal e encerraram a campanha salarial deste ano. A base é formada por 1.500 motoristas.

Os índices de reajuste foram: 10% no salário, elevando o rendimento para R$ 1.577,40; 13,74% no vale-alimentação, para R$ 300, e PLR de R$ 462.

Na avaliação do sindicato, os índices foram bastante expressivos, mas a grande vitória foi a "casa lotada", com a participação de aproximadamente 700 funcionários.

 

Tribunal concede 7,5% de reajuste; pedido era por 11,9%

O Tribunal Regional do Trabalho finalmente julgou a ação de dissídio coletivo da categoria da tecnologia da informação. A sentença da Justiça definiu reajuste salarial de 7,5%, obrigatoriedade de implementação de plano de Participação em Lucros e Resultados, vale-refeição de R$ 10 para jornada de oito horas e R$ 8 para seis horas e aumento de 9% a 11% para os pisos.

As reivindicações iniciais feitas pelos trabalhadores foram de 11,9% de aumento, desenvolvimento de plano de PLR, auxílio-refeição de R$ 15 por dia e ampliação de pisos. No Grande ABC, a decisão afeta cerca de 15 mil profissionais.

Todas as conquistas são retroativas a janeiro, mês da data-base da categoria. "É uma grande vitória para os trabalhadores. O sindicato patronal foi inflexível durante toda a negociação", afirma o presidente do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação), Antonio Neto.

Outro fator relevante da sentença foi a indicação de adicional de 100% no valor da hora-extra também com validade desde janeiro. O piso de office boy teve reajuste de 11% e os pisos de funcionário administrativo, digitador, técnico em informática e suporte help desk, 9%.

Apesar de o empresariado configurar que a greve dos trabalhadores era abusiva, no entanto, o tribunal refutou a análise e considerou o movimento lícito.

 

Padeiros realizam assembleia para decidir greve

Devido à intransigência do sindicato patronal em não apresentar propostas concretas ao Sindicato dos Padeiros de São Paulo, a categoria, no Grande ABC, votará em assembleia, hoje, a possibilidade de iniciar greve geral.

EMA base iniciou a campanha salarial há dois meses. Desde então, o sindicato encaminhou aos empresários a pauta de reivindicação e tentou agendar os encontros. Segundo o vice-presidente da entidade, Pedro Pereira de Sousa, as negociações foram difíceis e demoraram a acontecer.

A categoria na região, cuja data-base é em 1º de junho, é representada por 15 mil trabalhadores, entre as 1.200 indústrias de panificação (que incluem padarias e confeitarias).

Entre as principais reivindicações, os padeiros pleiteiam plano de saúde gratuito; reposição da inflação; aumento real de 10% na renda e piso salarial de R$ 1.314,42 (hoje, em R$ 751,91 nas empresas com até 60 funcionários e em R$ 813,75, para as indústrias com quadro superior de trabalhadores).

Além disso, o sindicato pede Participação nos Lucros e Resultados; vale-refeição de R$ 18 por dia e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.

A assembleia terá início às 17h, na subsede do sindicato - Travessa São João, 68, Centro, Santo André.

 

Metalúrgicas da região querem compor 30% da categoria

 

As trabalhadoras metalúrgicas do Grande ABC querem dobrar a participação das mulheres na categoria e ocupar 30% dos postos de trabalho. Hoje, elas são 15% do total de 105 mil trabalhadores na base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (que abrange São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra).

O caminho para essa conquista está aberto e foi ampliado nas eleições do sindicato concluídas neste mês, quando o número de mulheres na direção dobrou e passou de 13 para 26.

Como atingir esse aumento de participação na categoria e os temas saúde; licença-maternidade e creche são os temas debatidos hoje, no Encontro Anual das Mulheres Metalúrgicas do ABC, das 8h às 18h, na sede do sindicato. O evento reunirá cerca de 300 mulheres-delegadas, além de expositoras e convidadas.

Além de definir novas lutas, o encontro fará um balanço das ações e conquistas específicas das mulheres metalúrgicas desde a realização do 2° Congresso das Metalúrgicas do ABC, em março do ano passado.

O evento será realizado no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - 3º andar - Rua João Basso, 231, Centro, São Bernardo.




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