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Emoção marca primeira saída da Folia de Reis do Baeta
Camila Brunelli
Do Diário do Grande ABC
20/12/2010 | 08:44
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É tradicional que a bandeira de Santo Reis saia da casa do festeiro, o integrante do grupo incumbido de guardar a bandeira durante o ano. Depois da reza do terço, os foliões percorrem casas das redondezas pedindo prendas - dinheiro ou alimentos. "Minha casa sempre foi morada da bandeira", disse João Carlos da Silva, descendente de mineiros e devoto desde os 8 anos. Ele se refere à noite em que a bandeira e os instrumentos dos foliões são abrigadas por alguém da comunidade. "No dia seguinte eles cantam agradecendo a morada da bandeira. É bem bonito", disse, emocionado.

No dia 6 de janeiro, quando a bandeira volta à casa do festeiro, tudo que foi arrecadado vira comida e bebida para a comunidade. Essa data simboliza, segundo a tradição cristã, o dia que os três Reis Magos chegaram à manjedoura onde estava o menindo Jesus.

Neste ano, não haverá a Festa de Reis da Companhia do Baeta Neves. Aos 63 anos, o festeiro, Antonio Carlos Balduíno, não resistiu a um câncer no pulmão e morreu em outubro deste ano. "Nós estamos cumprindo a saída da bandeira, mas festa na volta não vai ter", disse a filha, Rosana Balduíno.

Entres as primeiras músicas cantadas, ainda no quintal da casa do falecido festeiro, um canto em sua homenagem foi um dos momentos mais emocionantes. A viúva, Lourdes, e a filha, Rosana, seguravam a bandeira de Santo Reis, enquanto dois bastiões (conhecidos como palhaços) reverenciavam a bandeira, ajoelhados. E a vizinhança, emocionada, fazia o coro das músicas puxadas pelo embaixador, Juarez




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