Os agentes policiais da Guarda Nacional portuguesa criticaram severamente o trabalho da Polícia Judiciária na investigação do desaparecimento de Madeleine McCann na noite de 3 de maio, no sul de Portugal.

Segundo declarações dos policiais ao tablóide inglês Daily Mirror, citadas pela agência Ansa, o quarto de onde a garota de quatro anos desapareceu estava um “caos” quando eles chegaram, comprometendo e destruindo evidências forenses fundamentais.

"Quando chegamos estava um caos. Todo mundo havia caminhado pelo quarto. Levantei minhas mãos, virei meus olhos, baixei a cabeça e segui o que estava fazendo. Não havia nada que pudesse ser feito", lamentou um dos policiais, cuja identidade não pode ser revelada por questões legais.

 "O dano já havia sido feito. Foi muito frustrante", acrescentou.

Outro policial comparou a situação do lugar onde a menina dormia quando sumiu a um “circo", com "familiares, amigos, vizinhos, empregados, gente da rua, que entrava e saia".

Para os agentes, os erros da polícia comprometeram as possibilidades de que o caso seja solucionado, tornando os pais de Maddie suspeitos por tempo indeterminado.

"Este caso não tem fim e os pais serão suspeitos para sempre. Não há evidência concreta. Sentimos muito pela garota", afirmou um dos policiais.