Cultura & Lazer Titulo
Compras coletivas agitam a internet
Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
01/08/2010 | 07:27
Compartilhar notícia


É normal ver um grupo de amigas fazendo compras juntas no shopping. Uma palpita na blusa que a outra experimenta, dá sugestões de promoção e escolhem até o mesmo par de sapatos. O que muitos não sabem, no entanto, é que essa parceria na hora de consumir está ultrapassando os limites das compras físicas. É que, seguindo uma tendência mundial, sites de compras coletivas começam a ser viabilizados no Brasil. O resultado da união entre amigos? Descontos de até 90% e muitas aquisições.

Trata-se de uma prática bastante comum nos Estados Unidos, que funciona da seguinte forma: os sites atraem os consumidores para as promoções do dia. Caso o cliente se interesse pelo produto, a cada amigo que indicar a compra e esta se concretizar, o desconto cresce proporcionalmente. Assim, os endereços eletrônicos vendem cada vez mais e os consumidores, por sua vez, gastam cada vez menos - os descontos variam de 30% a 90%.

"Um dos grandes aliados neste tipo de aquisição são as redes de relacionamento (Twitter, Facebook e Orkut). Basta mandar a oferta para os amigos e chamá-los para comprar", sugere o blogueiro Fábio Bito, Coordenador de Mídias Sociais da Talk Interactive.

Ele lembra que, antes da internet, a prática era muito utilizada para curso de línguas, por exemplo. "Tinha aquelas promoções que quanto mais amigos fizessem a matrícula, mais desconto teria na sua", conta, acrescentando que os sites ajudam na agilidade das compras.

A sugestão de Fábio, no entanto, é que não fique disparando convites a todos os amigos sempre, o que pode parecer o chamado spam e atrapalhar um pouco a amizade. "O ideal é direcionar cada promoção para o nicho de amigos que você sabe que se interessaria pela compra", sugere.

NOVA VERTENTE - Esta nova vertente de mercado eletrônico começou há seis meses no País. Um dos publicitários que decidiram investir no ramo foi Guilherme Wroclawski, que juntamente com o sócio Heitor Chaves, criaram os sites Zipme e Coletivar. "A compra coletiva nada mais é do que a feita por escala, trazida para internet. É como o modelo antigo: quem compra bastante pode barganhar o preço", explica Guilherme, que comanda o Zipme.

Este portal, que entrou no ar neste mês, foi criado para facilitar a vida do consumidor e já agrupa as ofertas do dia de todos os domínios que proporcionam a venda coletiva no Brasil.

A VENDA - Guilherme explica que os sites esperam um número de compradores mínimo - no Coletivar, por exemplo, dez pessoas - para efetivar a venda e o desconto. Uma porcentagem do valor da aquisição, feita por cartão de crédito, vai para o site e o restante para o estabelecimento. "Basta o comprador imprimir o cupom digital e cobrar no local o que foi comprado", diz Guilherme.

Caso o número de consumidores não atinja o esperado, o dinheiro não é descontado do cartão de crédito e o consumidor, que tem cadastro no site, recebe um e-mail explicando o motivo do cancelamento da compra.

A procura maior dos clientes, em sua maioria mulheres, é de descontos em tratamentos estéticos e restaurantes. Mas também são vendidos nesses domínios artigos de moda, viagens, ingressos de espetáculo, artigos esportivos e entradas para baladas.

Embora a concentração esteja em São Paulo, 13 cidades - entre elas Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Fortaleza - também disponibilizam este tipo de serviço.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;