A taxa de desemprego no Grande ABC registrada em abril ficou em 11,8%, o menor desempenho para o mês em dez anos - período em que a PEA (População Economicamente Ativa) começou a ser apurada na região pela Fundação Seade e pelo Dieese.

O resultado de abril apresentou uma ligeira queda em relação à apuração de março (12%), de 1,7%.

No acumulado do ano, o índice de desemprego nas sete cidades recuou 7,1%. De abril do ano passado ao mesmo mês deste ano, a redução foi de 20,3%.

Segundo o coordenador de análise da Fundação Seade, Alexandre Loloian, a taxa baixa está relacionada, principalmente, ao bom desempenho do setor automobilístico.

A PEA das sete cidades passou de 1,326 milhão em março para 1,363 milhão em abril, com a taxa de participação (proporção de pessoas incorporadas ao mercado de trabalho) passando de 60,9%, em março, para 62,5% no mês passado.

O número de ocupados também aumentou no período, passando de 1,167 milhão para 1,202 milhão.

Apesar de não ter levantamentos específicos do setor industrial na região, Loloian destacou que as contratações da indústria, de um modo geral, estão aquecidas.

Dos trabalhadores do Grande ABC, aproximadamente 20% atuam na indústria.

"Os segmentos que mais contrataram no período na Região Metropolitana de São Paulo foram o metal-mecânica, química e borracha, ramos de muito importância nas sete cidades", relata Loloian.

OUTROS SEGMENTOS
Em toda a Grande São Paulo, houve o crescimento de 2,5% do total de ocupados de março para abril na indústria, e de 12,7% em abril em relação a igual mês do ano passado, totalizando 1,753 milhão de pessoas.

No mesmo período, o comércio local apresentou altas de 0,2% (março-abril) e 2,6% (abril 2007/2008), o total de 1,465 milhão de trabalhadores no setor no mês anterior. O número de empregados no segmento de serviços cresceu 1,2% em abril ante março e 6,4% na comparação com o mesmo mês de 2007 (4,846 milhões de pessoas).