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Contratações no Estado de São Paulo crescem 16,2% em agosto
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
06/10/2010 | 07:29
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Em agosto, o saldo de empregos gerados no Estado de São Paulo foi de 90.633 vagas - número 16,2% superior ao registrado no mesmo mês em 2009, quando foram abertas 77.983 oportunidades. Na comparação com julho, de acordo com o boletim do Observatório do Emprego e do Trabalho, da Sert (Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo), as contratações cresceram 45%.

Mais da metade das vagas criadas estão na região metropolitana de São Paulo, que inclui o Grande ABC, com saldo de 49.052 novos postos (54%).

Para o pesquisador da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e colaborador da Sert, Hélio Zylberstajn, esse é um resultado excelente. "O aumento da oferta de emprego deve-se ao ritmo da atividade econômica, que já se recuperou da crise. Dessa forma, crescem a produção e a demanda por mão de obra", aponta o pesquisador.

A maior parte dos setores abriu postos de trabalho no período, com destaque para o comércio, que em agosto registrou saldo de 29.422 vagas no Estado. O volume é 16,9% maior do que o obtido no mesmo período em 2009.

Na sequência, os segmentos que geraram mais emprego foram indústria, com 13.657 trabalhadores, atividades administrativas e serviços complementares, com 9.003 e Educação, com 8.500. Esses quatro ramos foram responsáveis pela abertura de mais de 60 mil vagas, ou seja, aproximadamente 67% dos novos postos de trabalho.

"Em ano eleitoral, geralmente as contratações são maiores por conta da corrida para entregar obras públicas antes das votações, além de muita gente conseguir emprego para trabalhar nas companhas políticas", diz Zylberstajn.

Outro fator que contribui naturalmente à maior abertura de postos a partir de agosto é a movimentação do segundo semestre, que devido às festas de fim de ano acaba sendo mais favorável às contratações.

SALÁRIOS
O salário médio dos admitidos no Estado foi de R$ 985. Na comparação com o mês anterior, cresceu 0,9%. Considerando agosto de 2009, quando o rendimento médio era de R$ 926, o valor é 5,9% superior. "Isso aconteceu pela alta rotatividade nos cargos, provocada em maior escala pelo próprio trabalhador, que, passada a crise, tem ido ao mercado procurando ganhar mais. Sem dúvida é ele mesmo quem ganha com isso."




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