No quarto dia de greve dos bancários, foram fechadas no Grande ABC 219 agências, o equivalente a 55% das 400 espalhadas pelas sete cidades. Quanto à adesão dos trabalhadores, cruzaram os braços 4.020 profissionais, 58% do total. A paralisação segue movimento crescente, a partir das regiões centrais, para os bairros limítrofes e, então, segue para os mais afastados. Isso significa que, quem precisar ir até uma unidade bancária, tem mais chances de encontrar portas abertas nos locais mais afastados dos centros.

O Sindicato dos Bancários do ABC informa que a maior participação ocorre por parte dos bancos públicos. Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, 90% das agências não funcionaram ontem. “O medo é menor (que nos privados), pois a diferença é que os funcionários da Caixa e do Banco do Brasil até podem ser demitidos, desde que seja justificado o motivo. E eles têm direito à defesa”, explica Belmiro Moreira, presidente da entidade.

Os clientes que precisarem realizar movimentações que não necessitem da presença de um funcionário, podem recorrer aos caixas eletrônicos, ao suporte via telefone e ao internet banking. Para depósitos realizados no autoatendimento, como o recolhimento é feito por terceirizados, a compensação é feita na data correta.

A greve se dá por reajuste salarial. Os banqueiros ofereceram 5,5% de aumento mais abono de R$ 2.500. A categoria quer 16%. Na terça-feira, será realizada assembleia para definir os rumos da paralisação.