Dois ingredientes que não costumam faltar em saladas e molhos, a cebola e o tomate tiveram forte recuo de preços nesta semana na região. O primeiro registrou redução de 19% e, o segundo, caiu 10%. Dessa forma, passaram a custar R$ 2,90 o quilo da cebola e R$ 3,34 o do tomate, de acordo com pesquisa realizada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

No caso da cebola, a chegada da safra paulista, no início de setembro, gerou forte movimento de remarcação para baixo. Isso porque, durante os meses de inverno (de junho a agosto), o item, que normalmente é importado da Argentina nesse período, teve de vir até da Holanda, por causa da fraca colheita no país vizinho. E com o dólar em alta, chegou a custar R$ 7,23 o quilo, em média, em supermercados do Grande ABC. Agora, volta ao patamar do início do ano.

Por sua vez, o tomate, castigado nos primeiros meses de 2015 pelas condições climáticas adversas (falta de chuvas e sol intenso), também chegou a ultrapassar a barreira dos R$ 7 (foi a R$ 7,83, no auge, em maio). No mês passado, caiu para o menor nível do ano (R$ 2,79), passando por oscilação até atingir o valor atual.

Ao mesmo tempo em que esses dois hortifrúti ficaram mais em conta, outros três encareceram nesta semana: a alface (com alta de 16%, passou a custar R$ 2,08 a unidade), a batata (9% de aumento, para R$ 3,33 o quilo) e a laranja (7%, para R$ 1,92 o quilo).

O coordenador da pesquisa da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto, assinala, no entanto, que há grande diferença de preços entre os supermercados da região. A laranja, por exemplo, foi encontrada por R$ 0,89 até R$ 2,49 nesta semana, diferença de 179%, e a batata pode ser comprada por preços que foram de R$ 2,10 até R$ 4,99, variação de R$ 137%.

CESTA BÁSICA - Com esses diferentes comportamentos de preços, para cima e para baixo, o custo da cesta básica ficou estável, com alta de apenas 0,02%, o que significou elevação de R$ 0,11. Dessa forma, o gasto mensal de família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) com conjunto de 34 produtos de primeira necessidade (entre itens de limpeza doméstica, higiene pessoal, alimentos industrializados e in natura) em supermercados da região passou a R$ 482,42.