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Os cuidados ao estar conectado à rede

Aplicativos são úteis nas tarefas do dia a dia, mas exposição requer cautela; imagens íntimas vazadas na internet aumentaram 120% em 12 meses

Caroline Ribeiro
Especial para o Diário
04/10/2015 | 10:10
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Divulgação


De fato, as plataformas digitais, dispositivos móveis e a internet são ferramentas incríveis, tanto para o entretenimento quanto para facilitar nossa vida, seja no estudo, no trabalho, ou em qualquer outro ambiente. Porém, estar conectado; se expor de forma despreocupada, principalmente em redes sociais, aplicativos de relacionamentos; e trocar mensagens podem ser sinônimos de risco à privacidade.

Os crimes de internet têm se tornado cada vez mais comuns e cresce significantemente o número de casos de vazamentos de informações pessoais e fotos íntimas. Em oito anos de funcionamento do canal de orientação sobre uso seguro da internet (HelpLine), a SaferNet ajudou 9.577 pessoas em 24 Estados em todo o País.

Segundo dados do próprio instituto, em 2014 o número de casos registrados de sexting (vazamento de imagens íntimas) somou 224. Houve um aumento de 120% comparado com 2013 (101 casos). É sabido que o número real de vítimas é muito maior, porém, muitas deixam de denunciar ou de procurar ajuda por terem vergonha ou medo de serem ainda mais expostas.

Segundo pesquisa realizada pela SaferNet e GVT em 2013, com 2.834 jovens brasileiros, foi revelado que 24% já namoraram ao menos uma vez pela internet e, dentre estes, 44% já o fizeram duas vezes ou mais. Já 20% dos entrevistados afirmaram que já receberam conteúdos de sexting e selfie com nudez e 6% reenviaram estas imagens a outras pessoas. Sessenta e oito por cento dos participantes afirmaram ter ao menos um amigo que só conhecem pela internet.

Juliana Andrade Cunha, psicóloga e coordenadora do canal de ajuda SaferNet, aconselha não só aos jovens, mas a todos, que tenham consciência de que a partir do momento em que uma imagem é colocada na rede, ela está suscetível a ser corrompida. “É muito perigoso compartilhar esse tipo de informação, principalmente com pessoas que você só conhece virtualmente via aplicativos de relacionamento, por exemplo. Cuidar da proteção de seu equipamento, acessar a rede de um local no qual se sinta seguro e com privacidade, e evitar mostrar o rosto são alguma das formas de tentar evitar a quebra da sua privacidade, mas ainda assim não é totalmente seguro”, finaliza.

“Se for para falar a verdade, acho que passo mais da metade do dia com o celular na mão”, conta a estudante Paula Regina de Lima Alves, 19 anos, de Mauá. “Eu perco muito tempo checando Facebook, Instagram, WhatsApp e as redes sociais em geral. Mas ultimamente aprendi a aproveitar melhor essa plataforma. Há uma série de aplicativos interessantes e muito úteis disponíveis, é só saber utilizar o celular como ferramenta, e não só como distração”, indica.

Que passamos cada vez mais tempo em frente à telinha do celular já não é novidade. Mas como Paula comenta, além das viciantes redes sociais, existe uma infinidade de aplicativos que nos ajudam no cumprimento de tarefas. Em ano de prestar Enem a garota aproveita para estudar para a prova através de apps. “Já que eu fico o tempo todo no celular, esses aplicativos com simulados, apostilas, dica de leitura, exercícios e coisas do tipo ajudam muito”.

João Pedro Goulart, 19, de Mauá, é outro que se considera viciado em celular, redes sociais e nos aplicativos de troca de mensagens. “O que eu mais uso com certeza é o WhatsApp. A gente interage o tempo todo com dezenas de pessoas. Às vezes é até ruim, porque você se distrai e acaba se atrasando ou postergando o que você precisa fazer”, confessa. “Mas também dá para fazer muita coisa útil. Eu toco guitarra, por exemplo, e uso o celular como afinador para o instrumento, existe uma série de aplicativos que ajudam com isso”.

Aplicativo multimídia de músicas chega ao Brasil

Tidal, o serviço de streaming (tecnologia que envia informações multimídia) de músicas do rapper Jay Z, chegou ao Brasil na semana passada. O serviço oferece acesso a mais de 35 milhões de músicas e cerca de 85 mil vídeos em HD, além de trazer opções de faixa com alta qualidade sonora e possuir conteúdos exclusivos. O aplicativo conta também com o apoio de diversos artistas, como Nicki Minaj, Kanye West, Daft Punk, Beyoncé, Rihanna e Madonna.

O diferencial de serviço para os concorrentes (entre eles o Spotify, Deezer e Rdio) é que ele não é gratuito. Os usuários têm acesso à plataforma por meio de dois planos: o de R$ 14,90, que libera o acesso ao acervo com as músicas em formato AAC com taxa de 320 kbp; ou o de R$ 29,80, com a qualidade Lossless.

Para quem é viciado em música e quer testar o novo serviço já pode assinar o Tidal gratuitamente por 30 dias pelo sito oficial (www.tidal.com/br).  




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