Há um ano, clube caía para a Série D do Brasileiro; hoje, curte boa fase na competição
Há um ano, o torcedor do São Caetano vivia um de seus maiores dramas. No dia 29 de setembro de 2014, o Guarani vencia o Caxias, decretava o rebaixamento do Azulão à Série D do Brasileiro e jogava o clube no fundo do poço. Um ano depois do fatídico dia, a equipe da região não vê mais tanta lama ao seu redor – classificou-se com a melhor campanha para a fase mata-mata da competição nacional e está praticamente garantida nas quartas de final após derrotar, na ida, o Coruripe, de Alagoas, por 3 a 0 e definir, em casa, no domingo, a classificação à próxima fase.
Para o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, que esteve presente ao lançamento da campanha do Futebol Sustentável (leia mais abaixo), na sede social do Azulão, o motivo do sucesso do clube foi retornar às origens – apostar no técnico Luís Carlos Martins e em jogadores sem renome.
“É a volta às origens, com jogadores desconhecidos. Na época (início dos anos 2000) eram Sílvio Luiz, Adhemar, Japinha, César. Não adianta trazer jogadores prontos. É fazer um time com atletas – como eu falo sempre para o (Luís Carlos) Martins – que cheguem com Havaianas no pé e saia com tênis Nike, que tenha comprometimento. Foi isso o que houve”, disse. “Espero que a gente possa classificar o São Caetano na Série C e trabalhar ano que vem no Paulista (da Série A-2) para voltar à elite.”
Remanescente do ano passado e capitão do Azulão, o goleiro Saulo ressaltou a organização para reestruturar o clube.
“Quando o São Caetano caiu, começou a programação para 2015. A primeira iniciativa foi contratar o professor Martins, que é um profissional altamente competente. Montaram um elenco muito comprometido que assumiu a responsabilidade de melhorar a condição do Azulão”, destacou o arqueiro.
Futebol Sustentável chega ao Azulão
A campanha Futebol Sustentável, realizada pela FPF (Federação Paulista de Futebol) em parceria com os clubes paulistas desde 2013, chegou ao São Caetano. Para a partida de domingo, ante o Coruripe, de Alagoas, no Estácio Anacleto Campanella, pela volta das oitavas de final da Série D do Campeonato Brasileiro, 5.000 ingressos serão disponibilizados para troca por duas garrafas PET.
A expectativa é arrecadar, ao menos, 10 mil itens com a campanha. Há duas semanas, o São Bernardo recebeu a mesma ação e conseguiu 12.800 garrafas, mas levou somente 2.398 pessoas ao Estádio 1º de Maio, contra o Juventus, pela Copa Paulista.
“Mais do que falar em números, esse tipo de campanha tem valor agregado. Você une esporte, educação e meio ambiente. Isso é o mais importante”, afirmou Horário Pires, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de São Caetano, que representou a Prefeitura.
“A intenção é fortalecer os nosso afiliados. Agora trouxemos essa campanha para a Série D, com o São Caetano e o Botafogo (de Ribeirão Preto). O projeto visa levar torcida ao estádio, melhorar a renda dos clubes e ajudar o meio ambiente”, destacou Edvaldo Ferraz, representante da FPF, citando o caso da Pantera, que levou 15 mil pessoas ao Estádio Santa Cruz no duelo de ida das oitavas de final contra o Gama, do Distrito Federal.
A troca de duas garrafas PET por um ingresso para o confronto com o Coruripe começa hoje no Anacleto Campanella, entre 11h e 17h. Domingo, o horário será entre 13h e 16h.
Todo o material arrecadado com a campanha será destinado ao Centro de Triagem de São Caetano.
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