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Imigrantes e polícia enfrentam impasse em estação ferroviária na Hungria
04/09/2015 | 08:20
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Reprodução


Um impasse entre um grupo de cerca de 500 imigrantes e a polícia, em uma estação ferroviária perto de um campo de refugiados, se prolongava nesta sexta-feira, após imigrantes se recusarem a desembarcar de um trem e insistirem que devem receber autorização para deixar a Hungria.

Muitos haviam corrido para o trem um dia antes, na estação central de Budapeste, acreditando erroneamente que a composição seguiria mais adiante na União Europeia. O trem permanece, porém, em Bicske, uma cidade 37 quilômetros a oeste da capital, onde a maioria se recusa a cooperar com a polícia, que tenta identificar os imigrantes.

A Hungria está em foco, na atual crise de imigrantes e refugiados acontecendo na Europa, com milhares de imigrantes do Oriente Médio e da África deixados no país, após a polícia impedi-los de tomar trens para o oeste europeu. A Hungria tem sido criticada por sua posição dura, mas autoridades dizem que estão aplicando rigorosamente as regras de asilo da UE, exigindo que sejam registrados e abrigados todos os imigrantes que chegam ao país, mesmo que eles queiram depois seguir para outras nações, como a Alemanha.

"Nós temos de cumprir as regras da UE e proteger nossas fronteiras. Há um estoque sem fim de pessoas por vir", afirmou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, na manhã desta sexta-feira na rádio estatal. "Nós vemos perceber, de repente, que nos tornamos uma minoria", disse ele.

Os imigrantes em Bicske serão transferidos para um campo de refugiados próximo, disse o diretor da unidade de controle de fronteira da polícia, coronel Laszlo Balazs. Ativistas criticaram as condições de vida no campo, já superlotado. A polícia ofereceu água e alimentos aos imigrantes, o que muitos rejeitaram, segundo Balazs. Dezesseis imigrantes concordaram em deixar o trem e seguir para o abrigo, acrescentou.

A Hungria deteve um número recorde diário de 3.313 imigrantes na quinta-feira, elevando o total do ano para 162.980, bem acima dos 44.709 de todo o ano passado, segundo a polícia. A Hungria faz parte da zona de Schengen da UE, que facilita a passagem pelas fronteiras dentro dessa área. Autoridades advertiram que a crise coloca em risco essa política. Fonte: Dow Jones Newswires.




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