Economia Titulo Na ponta do lápis
Hortifrúti tem queda de até 24,73%

Cesta fica R$ 3,65 mais barata em agosto; tomate, cebola e batata foram os produtos mais deflacionados, graças ao tempo frio e à menor demanda

Marina Teodoro
Especial para o Diário
04/09/2015 | 07:20
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Ari Paleta/DGABC


O setor de hortifrúti foi o que mais contribuiu para puxar o preço da cesta básica para baixo no Grande ABC, em agosto, com quedas expressivas nos preços do tomate, cebola e batata, de até 24,73%. O preço do conjunto de 34 itens de primeira necessidade ficou R$ 3,65 mais barato do que julho, ao passar de R$ 496,34 para R$ 492,69, conforme apurou a Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

Entre os itens que mais baratearam, o tomate foi o destaque, com deflação de 24,73%. O produto, que chegou a custar R$ 3,47 o quilo, na média mensal ficou em R$ 4,07. Comparado com julho, está custando R$ 1,34 menos.

Para o engenheiro agrônomo e coordenador da pesquisa da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto, o clima é o principal fator para diminuir o custo do tomate. “Geralmente, o período de alta é entre maio e junho. No inverno, com a queda no consumo, e condições climáticas favoráveis para o cultivo desse tipo de alimento (mesmo que não esteja frio tão intenso), o preço tende a cair.”

A batata também recuou neste mês. Com retração de 17,25%, o tubérculo passou a custar, em média, R$ 3,13. A justificativa para o preço mais atrativo é a mesma do tomate. “O cultivo de batata no inverno é maior, o que pode refletir até o fim de setembro, com preços que tendem a cair ainda mais”, analisa Benedetto.

Outro item que também apresentou queda foi a cebola, ao ficar 10,84% mais barata que julho, à média de R$ 6,31 o quilo. “Apesar de o preço estar diminuindo, devido à safra paulista, que está no início, por mais que continue barateando, a dona de casa dificilmente vai pagar o mesmo que no ano passado, quando a cebola chegou a R$ 2 e R$ 3”, afirma o engenheiro agrônomo.

Em uma avaliação geral, a carne bovina de segunda (R$ 15,83) e o frango (R$ 15,12) foram produtos que se mantiveram estáveis durante o mês, o que, para Benedetto, é um ganho para o consumidor. “Tivemos quedas importantes, principalmente em alimentos que vinham em uma crescente nos últimos meses”, afirma. “Apesar de ter alguns produtos inflacionados, muitos itens mais essenciais não foram tão atingidos.”

ALTAS - Entre os produtos que encareceram, a banana está na liderança, com alta de 9,3%. O preço da fruta ficou em torno de R$ 2,79, ou seja, R$ 0,24 mais que no mês passado. Entre os produtos mais necessários, o café, o feijão-carioca e a carne bovina de primeira merecem destaque.

O café teve alta de 3,03%, saindo por R$ 6,33. Já o feijão subiu 2,80%, encontrado por R$ 2,84. A carne bovina subiu 1,37% e fechou o mês de agosto em R$ 22,34. 
 

Preços de itens básicos seguem caindo neste mês

Nesta semana, a primeira de setembro, a cesta básica fechou em R$ 490,49, o que significa R$ 1,51 a menos do que na semana passada, queda de 0,31%. Isso é o que informa pesquisa feita pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) em 17 supermercados do Grande ABC.

Entre os produtos com preços em queda estão a cebola, a laranja e o leite. A cebola, que vem de uma safra nova, de São Paulo, está saindo a R$ 5,37 o quilo. No início de agosto, o produto, que durante bom tempo ficou na casa dos R$ 7 a R$ 8, começou a diminuir o preço, e deve continuar assim até as próximas semanas.

A laranja, que estava custando R$ 1,65, passou para R$ 1,52. A queda foi de 7,88%. O leite também ficou 3,61% mais barato. Está em torno de R$ 2,40. Para o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto, teoricamente o custo deveria ser mais alto nesta época do ano, o que é uma boa notícia. “Até outubro, o preço deveria estar alto. A partir daí a chuva começa a influenciar na produção do pasto, o que geralmente barateia o produto.” Já os itens que ficaram mais caros são pacotes de bolacha de maisena, com alta de 14,88% (R$ 1,93), a dúzia de ovos brancos 5,60% (R$ 5,09) e o quilo da batata 4,87% (R$ 3,23).

 




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