"O resultado de julho foi um 'soluço'. O que ajudou, no geral, foram o câmbio nas vendas da indústria extrativa e a safra de açúcar no segmento de alimentos. Mas a tendência negativa continua", declarou o presidente do Conselho de Política Econômica e Industrial da Fiemg, Lincoln Gonçalves Fernandes. A instituição prevê um recuo de 6,1% no faturamento real da indústria do Estado no ano, porém essa projeção deve ser revista para baixo novamente no próximo mês (no ano ela já foi revista duas vezes).

"O setor em Minas dever ter desempenho pior do que o do País, devido à característica do parque industrial, com exposição maior em siderurgia e mineração, setores que estão sofrendo mais com a crise", ressaltou, citando uma queda entre 10% e 12%.

Porém, o especialista disse que a queda deve desacelerar no segundo semestre, devido à perspectivas "levemente" positivas do câmbio nas vendas da indústria extrativa mineral, a exemplo do que aconteceu no mês passado, e do segmento de celulose. Segundo ele, esse setor também está mais competitivo com o patamar de câmbio atual e há uma sinalização de aumento de preços dos produtos no mercado internacional.