Economia Titulo Adesão
Sete empresas do setor automotivo estudam adesão ao PPE

Quanto às montadoras, apenas a Volks deverá integrar o programa de proteção ao emprego

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
02/09/2015 | 07:20
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Nos próximos dias, mais sete empresas do setor automotivo do Grande ABC deverão aderir ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego). A proposta do governo federal para preservar empregos permite reduzir em até 30% a jornada de trabalho e os salários – sendo que a metade da redução é complementada com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, essas firmas, as quais ele ainda não pode revelar o nome, são fabricantes de máquinas e autopeças de São Bernardo, Diadema e Ribeirão Pires.

Quanto às montadoras, a única que, por ora, deverá seguir o caminho da Mercedes-Benz, pioneira no País em seu ramo a aderir ao PPE, é a Volkswagen, conforme o Diário já noticiou na semana passada. A possibilidade é considerada depois que os 2.357 empregados que estão atualmente em lay-off (suspensão temporária de contrato) voltarem à atividade.

Marques afirma que, em relação à Ford, por enquanto, o programa não é cogitado pela montadora. “A fabricante está se utilizando de jornadas semanais menores, de quatro dias, na maioria das semanas. O desconto é feito no banco de horas”, conta. Além disso, possui 160 trabalhadores em lay-off até outubro. E um PDV (Programa de Demissão Voluntária) que se encerra no dia 4 de setembro. “A Ford está sofrendo com a crise, mas está mais preparada”, afirma, referindo-se à desterceirização de 268 funcionários, contratados em julho, e aos lançamentos, um deles, o novo Ka, que têm garantido demanda.

Para ajustar a queda da procura, a montadora vai parar a fabricação de carros dos dias 21 a 25 e, a de caminhões, de 18 até 2 de outubro. E, em virtude do feriado de 7 de setembro, a produção será suspensa em toda a fábrica na sexta-feira.

A Scania, segundo o presidente do sindicato, por estar envolvida em processo de produção global, exporta boa parte da fabricação de motores, eixos e câmbios de caminhões. “Ela não precisa do PPE.”

E a Toyota é a única das cinco fabricantes de São Bernardo que não é elegível ao programa, por estar em condição mais favorável e contratando.

A General Motors, em São Caetano, também não cogita o PPE por ora. Há 400 empregados em lay-off até novembro.  




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