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Tenente é suspeito de matar diretora de presídio no Rio
Do Diário do Grande ABC
13/10/2000 | 21:11
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O secretário de Segurança do Rio, coronel Josias Quintal, disse ontem que nao irá proteger nenhum dos envolvidos no assassinato da diretora da penitenciária Bangu 1, Sidneya dos Santos de Jesus, mas pediu "cautela" nas investigaçoes do caso, que vem sendo conduzidas pela Comissao Maos Limpas, do Ministério Público estadual.

Uma testemunha ouvida esta semana pelo MP apontou como suspeito de participaçao no crime o tenente-coronel Naôr Corrêa Huguenin, ex-diretor do Centro de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública. A testemunha, identificada como X., teria dito à procuradora Celma Alves, presidente da Comissao Maos Limpas, que Huguenin estava insatisfeito com Sidneya, porque ela vinha impedindo um suposto esquema de propinas de R$ 1 milhao por mês para facilitar visitas irregulares a traficantes, entrada de telefones celulares e drogas na cadeia.

A diretora de Bangu 1, onde estao presos os traficantes mais conhecidos e perigosos do Rio, foi assassinada no dia 4 de setembro, quando chegava em casa, na Ilha do Governador, Zona Norte da cidade.

Por meio de sua assessoria de imprensa, Quintal afirmou que a acusaçao contra o coronel Huguenin é "muito grave". O secretário disse, no entanto, que condenar o oficial nesse momento seria muito perigoso, pois o que existe contra ele é apenas um depoimento.

O ex-diretor do Cisp mantinha relaçao próxima com Sidneya e era um dos oficiais que mais freqüentavam o presídio durante a gestao da diretora.

Depois da morte de Sidneya, Huguenin chegou a participar informalmente nas investigaçoes para elucidar o crime. Atualmente, o policial estava lotado no Departamento Geral de Pessoal, que na PM é conhecido como geladeira para policiais afastados das funçoes.

Procurado pela reportagem, o ex-diretor do Cisp negou-se a comentar a acusaçao. "Nao falo sobre isso, procure o meu advogado", limitou-se a dizer. O advogado de Huguenin, Nélio Andrade, nao foi encontrado sexta.

A procuradora Celma Alves nao quis dar entrevistas sobre o caso.




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