Uma testemunha ouvida esta semana pelo MP apontou como suspeito de participaçao no crime o tenente-coronel Naôr Corrêa Huguenin, ex-diretor do Centro de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública. A testemunha, identificada como X., teria dito à procuradora Celma Alves, presidente da Comissao Maos Limpas, que Huguenin estava insatisfeito com Sidneya, porque ela vinha impedindo um suposto esquema de propinas de R$ 1 milhao por mês para facilitar visitas irregulares a traficantes, entrada de telefones celulares e drogas na cadeia.
A diretora de Bangu 1, onde estao presos os traficantes mais conhecidos e perigosos do Rio, foi assassinada no dia 4 de setembro, quando chegava em casa, na Ilha do Governador, Zona Norte da cidade.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Quintal afirmou que a acusaçao contra o coronel Huguenin é "muito grave". O secretário disse, no entanto, que condenar o oficial nesse momento seria muito perigoso, pois o que existe contra ele é apenas um depoimento.
O ex-diretor do Cisp mantinha relaçao próxima com Sidneya e era um dos oficiais que mais freqüentavam o presídio durante a gestao da diretora.
Depois da morte de Sidneya, Huguenin chegou a participar informalmente nas investigaçoes para elucidar o crime. Atualmente, o policial estava lotado no Departamento Geral de Pessoal, que na PM é conhecido como geladeira para policiais afastados das funçoes.
Procurado pela reportagem, o ex-diretor do Cisp negou-se a comentar a acusaçao. "Nao falo sobre isso, procure o meu advogado", limitou-se a dizer. O advogado de Huguenin, Nélio Andrade, nao foi encontrado sexta.
A procuradora Celma Alves nao quis dar entrevistas sobre o caso.
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