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Suspensos pela Pirelli devem voltar na segunda

Empregados retornariam no fim de setembro, sindicato diz que produção teve melhora

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
28/08/2015 | 07:30
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A Pirelli vai antecipar, em um mês, a volta do pessoal da fábrica de Santo André que está em lay-off, ou seja, que tem o contrato suspenso temporariamente, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Borracheiros da Grande São Paulo e Região. O afastamento deveria durar cinco meses e, portanto, os operários retornariam no fim de setembro, mas já voltam na segunda-feira.

Durante o mês de maio, de forma escalonada, a empresa suspendeu 430 por esse instrumento legal, em que os trabalhadores ficam em casa e são obrigados a fazer cursos de qualificação. Eles recebem, da companhia, parte de seu rendimento, com a complementação de até R$ 1.385,91 para cada funcionário afastado, com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) – o valor limite pago pelo governo é o correspondente ao seguro- desemprego.

Procurada pela equipe do Diário, a Pirelli não retornou os contatos para dar posicionamento a respeito desse retorno antecipado.

De acordo com o presidente do sindicato dos trabalhadores, Márcio Ferreira, a justificativa para a volta antes do prazo é a melhora da produção. A informação, no entanto, contrasta com a recente decisão da fabricante de demitir 121 funcionários da fábrica da região e de colocar 2.100 em férias coletivas por 22 dias, de 24 de julho até 14 deste mês, em razão da queda das vendas de pneus de ônibus e caminhões para montadoras.

O setor de produção de pneus, no primeiro semestre, registrou retração de 18,5% nas vendas para montadoras no primeiro semestre na comparação com mesmo período de 2014, de acordo com dados da Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos). A redução alcançou 29,9% no caso dos produtos para veículos de carga (caminhões e ônibus).

De forma geral (incluindo também outras vendas, além do atendimento às fabricantes de veículos), o volume total comercializado (32 milhões de unidades) teve retração de apenas 0,6% de janeiro a junho, mas essa estabilidade se deveu, sobretudo, ao impulso nos negócios na área de reposição (vendas ao varejo e oficinas), que cresceram 10,9% em quantidade.
 




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