Automóveis Titulo Antigo
Sedã que cativa

Em Paranapiacaba, Chevette Clube ABC promove encontro e reúne apaixonados pelo modelo da GM

Vagner Aquino
28/08/2015 | 07:00
Compartilhar notícia
Denis Maciel/DGABC


Na Europa, ele ficou conhecido como Kadett de quarta geração, mas – como poucas vezes na história – foi apresentado seis meses antes no Brasil, e batizado como Chevette. O ano era 1973. A proposta? Ser o menor carro da General Motors vendido por aqui.

E o sedanzinho de tração traseira e duas portas (coisa que não se vê mais nos dias de hoje) foi bem aceito pelo público local. Tanto que, hoje, a legião de fãs permanece firme e forte. Inclusive no Grande ABC, que tem um novo clube cuja intenção é atrair os mais variados perfis de pessoas. As reuniões são mensais e acontecem desde o começo do ano.

O último encontro foi no domingo, na Vila de Paranapiacaba (distrito de Santo André). No total, foram quase 30 raridades de todos os anos de produção nacional – 1973 a 1993 – e dos mais variados segmentos: tinha sedã, perua (Marajó) e até a picapinha (vulgo Chevy) com caçamba coberta. O público pirava, principalmente nos mais antigos e originais, como o tubarão (apelido dado ao modelo de primeira geração) 1974 do assistente de logística Emerson Costa Alves, que pretende colocar placas pretas em breve. Lembrando que, para isso, o modelo em questão precisa ter mais de 30 anos e, no mínimo, 80% de originalidade.

Do mesmo ano, o Chevette do estudante – e morador de Santo André – Caio Henrique também fez sucesso por lá. “O carro está há 41 anos na nossa família. Meu pai o comprou zero-quilômetro (em 1974) e usa diariamente. Já passou para o meu irmão, e agora para mim, que completei 18 anos e estava de olho no carro desde os 15”, comentou.

Felipe Orbaneça foi mais ousado na hora de preparar seu Chevette (1975) para o encontro. Morador de Santo André e com 21 anos, ele comprou seu carro recentemente e “já com cara de acabado”, conta. A ideia é deixar o sedã com ar vintage, para isso, “a porta do motorista é enferrujada, vou lixar ainda mais a carroceria e acrescentei bagageiro.”

O CLUBE
De acordo com um dos organizadores do Chevette Clube ABC, Carlos Eduardo (proprietário de um modelo 1991, no qual pegamos carona até Paranapiacaba, na intenção de aprofundar o papo sobre o clube), após várias idas aos encontros da Capital ele e outros quatro amigos pensaram: “por que não criamos um grupo aqui no Grande ABC?”. E assim foi. Em novembro de 2014.

O primeiro encontro aconteceu em janeiro, em Santo André, com apenas cinco carros. Quatro meses depois – época em que a turma bolou uma viagem para Piracicaba, no Interior – já havia mais de 50 veículos envolvidos.

“Nossa meta é fidelizar os associados, criar o site oficial do clube (por enquanto, a divulgação é feita por meio do Facebook) e registrá-lo”, conta outro organizador, Wilson Cleber Camargo, que desfila a bordo de um Chevette amarelo trigo datado de 1975 e já com placas pretas. Mas sua história fica para outra edição... Aliás, o próximo encontro será em Mauá, no dia 20.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;