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Quem vai encarar?
Marcelo Monegato
Enviado a Ribeirão Preto
19/08/2009 | 07:00
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Malagrine


O rali é, definitivamente, um dos esportes a motor mais plásticos e desafiadores do mundo. Qual viciado em velocidade não parou em frente à TV pelo menos uma vez na vida para admirar o que os pilotos são capazes de fazer com carros extremamente potentes em pisos que vão do asfalto, passando pela terra, cascalho e - acreditem - gelo? Jornalistas tiveram a oportunidade de experimentar o Peugeot 207 Rally que participa da Copa Peugeot em Ribeirão Preto (SP), após passar por um curso de direção esportiva.

O carro foi todo desenvolvido no Brasil. A intenção da marca, segundo o gerente da Peugeot Sports, Ronaldo Berg, era tornar o veículo competitivo e seguro, sem perder as principais características do carro de rua. Motor, suspensão e interior foram as partes que mais sofreram alterações. Por fora, o visual é idêntico ao de passeio, com exceção dos pneus, próprios para competições. Ah! E antes que perguntem. Qualquer um pode comprar o Peugeot 207 Rally, fabricado em Porto Real (RJ). Para isso, basta desembolsar R$ 50 mil. Mas vamos deixar isso para mais tarde. O que importa agora é acelerar. E muito!

O bólido revelou-se um grande brinquedo. Lazer em dose cavalar para quem tem velocidade correndo nas veias e alguns parafusos a menos na cabeça. A primeira dificuldade, logo de cara, foi entrar no veículo. As barras de aço, que preservam o habitáculo do motorista e navegador intacto em caso de acidente, tornam o acesso ao banco do piloto um exercício de ioga. Primeiro entram as pernas, depois os braços e, por último, a cabeça. Inexperiente, coloquei o capacete antes de entrar no carro, o que dificultou a manobra.

O banco esportivo abraça o piloto. O cinto de segurança de cinco pontas nos faz sentir parte do 207 Rally.

O painel de instrumentos é o mesmo do 207 de rua. Velocímetro, conta-giros e os demais comandos, como acionamento do limpador do para-brisa, luzes indicadoras e faróis estão à mão. O câmbio é o mesmo de cinco velocidades, mas com a relação de marchas modificadas para melhor aproveitar o motor.

Acomodado - não como se estivesse no sofá de casa - , bati na chave e escutei o primeiro rugido do leão! O motor é 1.6 16V Flex da família Peugeot de rua mas, em vez dos 113 cv de potência, o foguetinho foi abençoado com 140 cv. Para atingir este número, novos bicos injetores foram adotados, as velas têm menor grau térmico, o coletor do escapamento foi redimensionado e o módulo da injeção recalibrado.

Baixei o freio de mão, pisei na embreagem, engatei primeira e dei um coice no pedal da direita. O 207 Rally arrancou muito bem.

No circuito improvisado em um bairro afastado do centro de Ribeirão, experimentei a dirigibilidade. Com tração dianteira, o carro mostrou-se arisco, principalmente com a traseira. Entrar muito forte nas curvas é pedir para rodar. A suspensão - desenvolvida na França, mas com partes já nacionalizadas - aguenta bem a buraqueira e mantém o carro no trilho.

Resumindo: o Peuget 207 Rally é muito divertido. Desafiador. Não por acaso, os comentários dos jornalistas sobre a possibilidade de, um dia, participarem da Copa Peugeot não foram raros!




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