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Projetos da região são destaque na USP

Alunos da Etec Julio de Mesquita apresentam antibiótico de grama e capacete com viseira elétrica

Natália Fernandjes
do Diário do Grande ABC
07/08/2015 | 07:07
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André Henriques/DGABC


Desde ontem, dois projetos da Etec (Escola Técnica) Julio de Mesquita, de Santo André, representam a região na nona edição da Feira de Profissões da USP (Universidade de São Paulo). As invenções – um antibiótico produzido a partir do óleo da grama e um capacete automatizado para abertura da viseira – foram desenvolvidos por estudantes da unidade de ensino durante trabalho de conclusão de curso.

O evento gratuito anual, realizado até domingo no Parque de Ciência e Tecnologia da Capital (Avenida Miguel Stéfano, 4.200, na Água Funda), tem o objetivo de informar estudantes do Ensino Médio sobre as possibilidades do vestibular e ainda apresentar projetos de destaque no cenário estadual. Na edição de 2014, a feira recebeu cerca de 50 mil visitantes.

A sensação de felicidade pela repercussão do trabalho toma conta do estudante do 3º ano do Ensino Médio João Miguel Alves Nunes, 17 anos. O jovem revela que não imaginava que sua curiosidade sobre a grama alcançasse resultados tão impressionantes. “Foram seis meses de experimentos iniciais dando errado. Senti vontade de desistir e mudar de projeto. Até que finalmente as coisas começaram a dar certo”, lembra.

O antibiótico criado por Nunes combate a maioria das infecções por bactérias estafilococos. Conforme explica o professor Genoilson de Brito Alves, do curso técnico em Meio Ambiente, além de ser alternativa ambientalmente correta, tendo em vista que usa a grama que é fruto da poda e iria para o aterro, o antibiótico tem efeitos considerados superiores a alguns produtos comercializados atualmente. “Claro que são necessários testes maiores, em organismos vivos. Nossos experimentos foram feitos com bactérias, fungos e em larvas de insetos.”

No caso de José Leandro Teixeira, 27, a ideia de criar capacete hi-tech partiu da necessidade do dia a dia. “Eu ando muito de moto, então queria criar um sistema que permitisse com que a viseira se abrisse quando a moto está parada e fechasse em movimento. Assim não temos aquele velho problema de embaçar a visão no farol”, observa. O estudante já protocolou, inclusive, pedido de patente do protótipo junto ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

“É um orgulho e nos dá o senso de dever cumprido”, considera o professor do curso técnico em Eletrônica Renato Tsutomu Koganezawa. Segundo ele, as invenções são forma de os alunos colocarem em prática aquilo o que aprendem em sala de aula e, de quebra, contribuir com as necessidades sociais. 




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