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Fábricas de uniforme aceleram produção
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
16/01/2011 | 07:04
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O período é de férias, mas as confecções que fazem uniformes escolares instaladas na região estão em ritmo forte de produção para atender à demanda sazonal no primeiro trimestre do ano. Para alcançar até 15% de crescimento nas vendas, as oficinas contrataram temporários e ampliaram o número de terceirizados.

Numa confecção instalada em Diadema, o aquecimento iniciou em dezembro, sendo que as costureiras trabalham mais nos meses de janeiro e fevereiro. Mesmo com a perda de dois contratos com escolas da prefeitura, o proprietário Claudio Luiz Santos espera que o faturamento de sua empresa aumente cerca de 10%.

O repasse dos custos da produção será a principal razão desse resultado aquecido. Quase 90% da receita anual da empresa instalada na Vila Nogueira é proveniente dos contratos com dez escolas da região, sendo que o restante é atribuído a peças fornecidas para empresas de diversos setores.

Em Santo André, foram contratadas seis funcionárias temporárias para que outra pequena fábrica consiga atender aos pedidos de 26 escolas na região. Parte das costureiras também vai para a oficina aos sábados fazer hora extra. A diretora, Arlete Marques Parron, diz que o movimento de pais e responsáveis pelos alunos na loja da fábrica aumenta na segunda quinzena do mês, pois muitos voltam de férias.

"Ainda não consigo calcular o quanto venderei a mais neste ano. Vai depender do número de matrículas novas que as escolas terão." Por enquanto, Arlete considera o movimento neste início de ano semelhante ao do ano passado.

Catorze funcionárias também não são o suficiente para Maria Cecília Novella conseguir fazer estoque de peças no prazo correto.

Além das horas extras e abertura da fábrica aos sábados, a sócia de uma fábrica de uniformes em Santo André ampliou o número de oficinas terceirizadas. O segmento escolar, representado por cinco escolas que a empresa atende, tem participação de 40% no faturamento anual. A venda consignada às escolas também é uma das modalidades de negócio da confecção.

SÃO BERNARDO - Instalada no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo, outra empresa do ramo começou a produção das peças em novembro. Mas é nos dois primeiros meses do ano que a equipe da empresária Roberta Breakwell precisa de fôlego para trabalhar nos pedidos.

"Não fiz contratações extras, mas serviços como bordados, costura e silk das peças." A empresa, que também atende diversos segmentos profissionais e promocionais, tem nos uniformes escolares 30% da receita durante o ano, com 12 estabelecimentos de ensino públicos e particulares atendidos.

Lojistas de São Paulo esperam volta às aulas 10% maior

A estimativa dos lojistas que comercializam material escolar para este período de volta às aulas é de que o faturamento cresça 10% em relação ao mesmo período do ano passado, aponta levantamento feito pela FCDLesp (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo).

Entre os itens que lideraram este acréscimo está o material de escritório, como bobinas de papel, clipes, grampos, blocos de anotações, canetas e lápis de cor. Somente entre os cadernos, as vendas deverão ser 12% superiores às de 2010.

O presidente da entidade, Mauricio Stainoff, explica que esse resultado deve-se ao aumento no valor do produto, não volume de vendas, que será menor do que o registrado no ano anterior.

Conforme o Diário publicou na semana passada, os reajustes no preço do material escolar nas papelarias da região ficaram entre 6% e 15%. Os itens que mais encareceram foram os básicos, como o caderno. AM




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