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Navio para regaseificação chega ao litoral do Brasil
23/07/2008 | 07:23
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A Petrobras deu na última terça-feira um passo importante para resolver os problemas de abastecimento de gás natural e garantir o suprimento de energia elétrica. Isso porque chegou à costa cearense o navio Golar Spirit, o primeiro terminal de regaseificação de GNL (gás natural liquefeito) do Brasil.

A unidade cumprirá um importante papel de ampliar rapidamente a oferta de gás no Nordeste. Apesar de já ter chegado, a instalação não terá condições de injetar o insumo na rede, pelo menos por enquanto, já que ainda não foi atracado pela estatal no Porto de Pecém.

Segundo Marcelo Costa Calda, coordenador comercial da Ceará Portos, empresa do governo cearense que administra o Terminal Portuário de Pecém, já é possível visualizar o navio do porto. "A unidade está a quatro quilômetros do porto aguardando a atracação", afirmou o coordenador, dizendo que a Petrobras não informou quando atracará o navio.

Segundo Calda, a unidade ainda não foi conectada, muito provavelmente, porque as obras de adaptação do píer que fará o atracamento da instalação ainda não foram concluídas pela petroleira. "Acredito que as obras estejam na fase final, apesar de não termos detalhes sobre isso", afirmou.

A Petrobras confirmou a chegada do navio. Segundo a assessoria de comunicação da área de gás e energia da estatal, a instalação chegou ao Brasil por volta das 6h30. Antes de iniciar a operação comercial, a unidade será vistoriada pela Marinha e passará por inspeções técnicas da empresa. Por conta disso, a expectativa da companhia é que a primeira regaseificação do navio ocorra entre 25 de agosto e 25 de setembro.

O navio Golar Spirit terá capacidade de regaseificar até seis milhões de metros cúbicos por dia (m²/d) de GNL. No porto, o gás será injetado na rede de dutos para chegar aos consumidores. Antes de chegar em Pecém, estava previsto que a unidade parasse em Trinidad & Tobago para receber uma carga de GNL, em um contrato firmado entre Petrobras e British Gás.

A Petrobras sinalizou que, neste primeiro momento, a oferta da unidade de GNL abastecerá as térmicas da região. Além de aumentar a segurança energética do Nordeste, a chegada do gás proporcionará um alívio financeiro para a Petrobras. Isso porque a estatal não tinha gás para fornecer para usinas como a TermoFortaleza, a TermoCeará e a TermoPernambuco.




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